sábado, 30 de novembro de 2019
Resenha Solo Star Wars Story por Denison Souza
Muitos fãs criticaram Solo. Os especialistas criticaram Solo. O episódio I também é um filme considerado fraco, no entanto, temos lá a deliciosa corrida de Pods e o espetacular Darth Maul. Então nenhum filme Star Wars está, de todo, perdido. Pelo menos para um fã incondicional como eu.
Quer saber a verdade? Eu gosto de Solo. Não gosto tanto quanto Rogue One, SW episodio III, IV ou o V. Mas, gosto, sim. E sabe por que? Porque é uma história Star Wars.
Único filme sem citar os Jedi (mesmo Rogue One cita os Jedi), não aparece um sabre de luz sequer. Não há luta de sabre. No entanto, é Star Wars. Tanto quanto The Mandalorian é Star Wars, mesmo sem Jedi ou luta de sabre.
O filme tem o objetivo de contar as origens de Han Solo. Começa no planeta industrial de Corellia. O monstro da vez neste filme é Lady Proxima, uma espécie de Jabba feminino. O personagem Moloch - braço direito de Lady Proxima - tem um visual aracnídeo futurista. O filme pode levar várias críticas, mas ninguém pode criticar a indumentária, sempre arrojada e muito criativa. As fardas, por exemplo, das oficiais de Emigração tem corte perfeito. Assim como a indumentária criativa dos Mimbaneses, o povo guerreiro de Mimban, uma roupa que inclui palha e tecidos variados, nas cenas fortes de guerra.
Quanto aos personagens, depois de Han Solo, Qi'Ra e Lando, o sujeito que mais chama a atenção é o Capitão Beckett, antagonista de Solo. Val e Rio, parceiros de Beckett, fazem boas participações também.
Neste filme vislumbramos Chewbacca conhecendo Han Solo, de forma nada civilizada. Um dos momentos nevrálgicos de Solo, é o do roubo da carga em Vandor, o planeta gelado. As cenas do assalto ao trem futurista, de nome Conveyex, bem no estilo faroeste, são recheadas de tiros e explosões que nos remetem mais ao estilo wester espaguete de Star Wars que seu aspecto mais Samurai. Vemos personagens como Val, Beckett e Han, tirando sua roupagem militar e entrando numa vibe cowboy, numa transição bem suave e sutil.
Assim como Rogue One faz ligação com as trilogias tradicionais, com o roubo dos planos da Estrela da Morte, Solo faz sua ligação com as trilogias novas, através dos dados de Solo, que são usados também como simbolos em Last Jedi. Se em Rogue One tudo acontece por causa dos planos da Estrela da Morte, aqui em Solo tudo acontece apenas por causa de uma substância essencial para viagens na velocidade da luz, chamada Coaxium. Essas cargas roubadas do trem continham cases de Coaxium.
Há a gang de Enfys Nest e seus Cloud-Riders (seus cavalos mecânicos), com indumentária que nos remete aos indígenas americanos, tornando o paralelo com os filmes de faroeste mais fiéis ainda. O vilão é Dryden Vos em seu Iate magnífico. Inclusive a oportunidade de apresentar todo tipo de personagens esquisitos é justamente na festa de Dryden Vos. Qi'Ra é a personagem feminina mais gloriosa, de atitudes dúbias e duvidosas; percebe-se, no final, pela sua ligação com Darth Maul, que está mais prá lá que prá cá. No final, nem lá e nem cá tem santo. Todo mundo é pilantra e bandido em Solo. Não se confia em ninguém, como nos filmes Noir. Mesmo sendo um filme considerado fraco, eu gosto de Solo porque ele mostra Han conhecendo Lando Calrissian e vemos ele tomando a Millenium Falcon no final, apostando no jogo de cartas conhecido como Sabacc. Eu sempre imaginei vendo isso!
A missão em Kessel, tendo de enfrentar a Gang dos Pyke, também é um momento crucial do filme. Uma cena bastante recheada de animais e droides diferentes. A legendária navegação de Han, citada na clássica e na nova trilogia, usando a Millenium Falcon, no caótico espaço ao redor do planeta Kessel é mostrada neste filme, com toda a emoção possível. Como posso achar este filme de todo ruim? Eu sempre imaginei vendo isso também!
Quando se trata de tecnologia, o filme tras um speeder da patrulha imperial em Corellia, de design bem quadrado, bem retrô, lembrando que o ocorrido aconteceu antes de Uma Nova Esperança. Os transportes em Corellia sempre tem este design meio anos 70 e 80. O landspeed M-68 que Han foge com Qi'Ra também tem este desenho retrô maravilhoso. Os diretores tomaram o cuidado de atentar ao fato de o desenho não ser mais avançado que os do filme de 1977. A nave usada pela equipe de Becket, a AT-Hauler, também tem um design quadrado e retrô. Mas o desbunde mesmo tecnológico no filme, mesmo mostrando a Millenium Falcon completa, sem faltar um módulo sequer, é o belissimo e suntuoso Star Yacht, pertencente ao criminoso (o vilão do filme) conhecido como Dryden Vos e suas Sharp Edges para atacar os desafetos. Como sempre tem de ter um droide, o droide da vez em Solo é L3-37, primeiro e único droide feminino da Saga, apaixonada por Lando.
O último planeta que aparece no filme é Savareen. Os Savarianos são como o povo indiano, gente simples, pessoas tradicionais e religiosas. É nesse planeta que a gang de Enfys Nest aparece pela segunda e última vez, dessa vez para se juntar aos Savarianos contra Dryden Vos. Depois de toda a aventura, ainda há a luta entre Solo, Qi'Ra e Dryden Vos no suntuoso Iate, onde Qi'Ra surpreende lutando de forma hábil, revelando que não é nada frágil. Na verdade, ela é uma mistura perfeita de Leia e Padmé. Por que? Porque ela é sensual como Padmé e ríspida como Leia. E ainda é guerreira como as duas. E, como se fosse pouco, ainda há um duelo rápido e cru entre Solo e Beckett. Quem disse que o filme é ruim, com tanta coisa legal acontecendo?
por Denison Souza
30 novembro 2019
sexta-feira, 29 de novembro de 2019
Resenha de Rogue One por Denison Souza
Pela primeira vez um filme Star Wars encaixa perfeitamente em outro. O final de Rogue One cola perfeitamente com Uma Nova Esperança. Considerando que este último foi feito há anos luz lá atrás, é uma façanha deveras ousada.
Eu gosto muito de Rogue One, como todos os fãs de Star Wars.
O filme começa de forma espetacular, apresentando o planeta Lah'Mu, um lugar fora dos territórios Rim, mostrando a familia do cientista Galen Erso, que bolou a ideia de criar uma fragilidade na Estrela da Morte. A força da mulher sentimos aqui já em Lyra Erso, esposa do cientista, que desafia o Império. Quando a Delta Class T 3C do vilão Orson Krennic, um dos melhores vilões de Star Wars (juntamente com Morff Tarkin), desce no planeta, sentimos uma emoção forte, a presença maciça do Império chegando, onde antes só víamos inocência, através da criança Erso.
Uma das novidades aqui neste filme são os Death Troopers (apenas pretos e não preto e branco), com suas luzes verdes. A presença forte de Mon Mothma como lider da resistencia contra a Nova Ordem do Imperador Palpatine é um dos momentos mais emocionantes. Mais emocionante ainda é quando Bail Organa surge da escuridão, como um fantasma do passado! Vieram lágrimas aos olhos. Aliás, cada personagem conhecido que aparecia, era uma nova emoção, desembocando no Governador Tarkin e em Darth Vader.
A heroina central deste filme é Jyn Erso; sem a decisão dela, não existiria acesso ao segredo da Estrela. Ela que forma a equipe Rogue One. Em Imperio Contra Ataca se fala em Rogue Two, como uma continuação à equipe! E, bem, a forma natural que ela vai formando a equipe não é nem um pouco manjado ou corriqueiro como ocorre em filmes similares.
Os personagens interessantes que aparecem em Rogue One são Admiral Raddous, General Merrick e os senadores rebeldes. Aliás, neste filme mesmo as pessoas do lado dos rebeldes são apresentadas como pessoas cruéis e frias, de princípios dúbios, o que, de certa forma, quebra aquela coisa preto no branco dos filmes da trilogia original. Cassian Andor e o General Merrick são os que parecem mais dúbios. Capazes de irem por suas próprias cabeças, adotando uma imagem de anti-heróis. Mas, nenhum personagem ambíguo se compara com Saw Gerrera, o maior anti-herói do filme e de toda a Saga. Mas, as poucas cenas que Darth Vader aparece em Rogue One são de tirar o fôlego; se ele aparecesse mais vezes, iria desfocar os personagens principais. Aliás, é a primeira vez que Darth Vader faz papel de coadjuvante num SW.
Quanto a seção da tecnologia, como sempre tem de ter um droide, o deste filme é o excelente e bem comedido K-2SO, o droide que eu achei mais adulto em Star Wars. A tecnologia é renovada através de naves incríveis, como as U-Wing Gunship, a belissima UT-60D, as X-Wings foram repaginadas para parecerem mais com a de Poe Dameron, um pouco mais sujas e escuras. Outro personagem tecnológico em Rogue One são os tanques de combate que transportam os containers com Cristais Kyber, fonte de força e energia da Estrela da Morte. Essa movimentação em torno dos cristais por parte do Império fez com que os rebeldes desconfiassem que algo estava muito errado e vinha chumbo grosso pela frente! Outros personagens tecnológicos que me chamou atenção neste filme são os TX-225 Occupier, a armadura dos motoristas dos tanques, o Shuttle SW-0608, de onde a tropa rebelde se infiltra no planeta Scarif, os AT-ST, presentes desde O Império Contra-Ataca, volta em Rogue One! Os famosos AT-ATs voltam como AT-ACT com o acréscimo do container levando cristais, o que justifica a broca no seu corpo nos filmes antigos. Os Y-Wing Fighter está no filme e, claro, os Tie Fighters também. Mas, o Tie Striker é nave nova! Estreou neste filme. Os Tie/SK Fighters tambem. Nunca, em nenhum filme SW, a nave Profundity, a maior nave dos rebeldes, menor apenas que o Destroyer Imperial, teve tanta participação em batalha quanto aqui. Outro aparato tecnológico que ressurge aqui é a célebre Estrela da Morte, magistral, magnífica, e em sua melhor forma. O destroyer Devastator está mais agressivo do que os destroyers de outros filmes. E pela primera vez vemos os cientistas responsáveis pela Estrela da Morte, comandados por Galen Erso.
Quanto a fotografia e parte técnica, o incrível neste filme é como a imagem da pelicula, ao decorrer do tempo, vai fazendo o filme parecer ter sido feito nos anos 70, para não ficar tão diferente de seu sucessor (de 1977). Mas este efeito eles só fazem paulatinamente a medida que se aproxima do final da película, próximo da colagem final.
E finalmente vemos de perto a lua Jedha, origem da Ordem Jedi. Uma das melhores batalhas ocorre lá. As cenas de luta e de guerra que ocorre na lua dos Jedi, chamada Jedha, é um dos trechos mais belos do filme inteiro. Na falta de uma cantina, os personagens mais estranhos foram mostrados em Jedha. A milícia de Saw Gerrera também explorou estes personagens estranhos e nos remete ao séquito de Jabba. Outra oportunidade para os criadores de monstros da LucasFilm mostrarem sua criatividade ímpar.
Os outros personagens heróis da equipe Rogue One são o piloto Bodhi Rook (o medroso) e os asiáticos Chirrut Imwe (o cego) e Baze Malbus (o troncudo).
O retorno digital do Governador Tarkin e de Leia Organa jovem foi uma das coisas mais memoráveis de Rogue One! Pela primeira vez um ator, já morto há muitos anos, retorna as telas de cinema, foi o caso do Governador Tarkin e de seu ator Peter Cuching.
As cenas finais de guerra se passa num planeta tropical chamado Scarif. Ponto nevrálgico de todo o filme. A batalha de Scarif é uma das duas ou três melhores batalhas de SW. O esquadrão azul é usado em sua maior extensão. Todos os pilotos de X-Wings estão em campo. Neste filme notamos claramente que os pilotos customizam seus capacetes, criando uma diversidade prepóstera ao Império, onde as roupas se repetem. Missão sem volta. Pela primeira vez, vários heróis sáo mortos ao mesmo tempo, e no mesmo filme, numa história, se nao incluirmos a execução dos Jedi no episódio III.
Com uma concepção artística e fotografia escura e cruel, que só clareia em Scarif, e de beleza impecável, Rogue One segue como uma das obras primas da Saga Star Wars, ao lado dos episódios III, IV e V.
Denison Souza 29 novembro de 2019
quarta-feira, 2 de outubro de 2019
MAIORES SINFONISTAS DA HISTORIA, SEU TEMPO DE EXECUÇÃO E SUAS ORQUESTRAS, POR DENISON SOUZA
A sinfonia nasceu na escola de Mannheim e seu maior mestre foi Carl Stamitz, que criou 50 sinfonias e, junto com Johann Stamitz, se tornaram os primeiros nomes no gênero.
Haydn superou em tudo os dois. em quantidade de sinfonias, compôs mais sinfonias que qualquer um antes e depois dele: mais de 100. Sua orquestra era clássica como a de Mannheim, sendo acrescentado uma ou outra novidade a depender da peculiaridade da sinfonia. Tempo de execução entre 20 a 30 minutos.
Stravinsky foi o mais criativo no genero. Foi o primeiro a misturar os gêneros sinfonia e música sacra, por exemplo, primeiro a criar uma sinfonia apenas com instrumentos de sopro e criou até sinfonias neoclássicas. Foi o compositor que escreveu sinfonias mais curtas entre todos.
Beethoven foi um dos sinfonistas mais famosos. Suas sinfonias são as mais executadas até hoje. Adicionou apenas mais intrumentos de sopro em relação as orquestras de Haydn e ampliou a dimensão espiritual, ritmica, harmonica e temporal. Substituiu o minueto pelo scherzo de uma vez. A media de tempo é de 30 a 40 min. Mas a sinfonia 9 tem 1h10. Foi o primeiro a adicionar um coro e solistas na orquestra. um Gênio!
Berlioz também é famoso como sinfonista. As orquestras de Berlioz eram gigantes, monumentais, logo depois de Beethoven. e incluia instrumentos inusitados, o tempo de execução tambem é ampliado. 1h30 e por ai vai.
Shostakovich é um dos sinfonistas que mais chama atenção. Primeiro porque compôs mais sinfonias que qualquer um no século XIX: foram 15 ao todo. O normal eram 9 sinfonias, desde Beethoven. Depois porque acrescentou instrumentos que ninguém teve a ideia antes: celesta, xilofone, piano, sinos, grande bateria...ampliando as ideias loucas de Berlioz. Suas sinfonias são na faixa de 1h de duração.
Para mim o maior sinfonista foi Bruckner. Suas sinfonias tinham um efetivo orquestral tradicional clássico ampliado, típico do período romântico, não muito diferente de Beethoven. Apenas incluindo harpas na sinfonia 8, como algo inusitado. Monumentais sinfonias em duração, com mais de uma hora e massas orquestrais pesadas. Bruckner usava a sua orquestra como um órgão gigantesco. Nunca usou coro ou solistas, era um sinfonista tradicional fabuloso.
As sinfonias de Borodin também são famosas. A orquestra é normal. Sem novidades. Mas a sinfonia 2 Epica tem harpa e bateria inclusa. A média é de 30 minutos.
Brahms, Glazunov, Dvorak, Korsakov, Schumann e Mendelsshon tambem criaram sinfonias que são executadas. Eles tem uma orquestra normal, as vezes, acrescentando um triângulo. A média de execução é sempre entre 40 e 50 min.
Quando se fala em sinfonia, Britten também está presente. Compôs sinfonias completamente diferentes umas das outras. Spring Sinfonia parece um ciclo de canção, outra é um requiem sinfonia, outra é bastante simples. Completamente inusitado. Assim como Vaugham Williams, que uma sinfonia difere completamente da outra em efetivos orquestrais e tempo de execução.
Liszt tem seu nome no gênero. Criou duas sinfonias bem estranhas, monumentais e usando literatura como referencia, Dante e Goethe, sempre usou coro e solistas.
Magnard é um sinfonista humilde e simples. Escreveu sinfonias clássicas entre 30 a 40 minutos. Uma jóia. Como também Prokofiev.
Mahler escreveu as maiores sinfonias do mundo. Com efetivos de orquestra que perde apenas para Berlioz e Richard Strauss. Mas em tempo de execução são as mais longas, com coro e solistas em algumas.
Nilsen é tradicional no tempo de execução e na orquestra. Grande nome dentre os sinfonistas. Sibelius vem na mesma linha.
Cezar Franck também é lembrado por causa de uma unica sinfonia, aquele cavalo de troia que é a sinfonia em D. 40 minutos.
Rachmaninov também tem grandes sinfonias com orquestras gigantescas, mas o tempo de execução é normal, entre 40 a 50 minutos. Scriabin vai na mesma linha de Rach.
Albert Roussel é um dos grandes sinfonistas da Historia. Ele é simples como um Mendelsshon ou um Prokofiev.
As sinfonias de Richard Strauss tem a maior orquestra já usada, com um efetivo orquestral absurdo. O maior de todos. Um Wagner na sinfonia. Mas, o tempo de execução de suas sinfonias são apenas de menos de 1h.
Tchaikovsky criou sinfonias famosas. Mas, por incrível que pareça, ele que é megalomaníaco, suas orquestras são normais e o tempo de execução tambem. Media de 35 a 40 min.
Kachaturian compos sinfonias sem anormalidades. Mozart também. Schubert compôs algumas incompletas, mas escreveu um monumento completo: a Nona Sinfonia.
domingo, 25 de agosto de 2019
Vamos brincar de comparar os cinco genios classicos de Viena: Haydn, Mozart, Beethoven, Schubert e Brahms
Sinfonia
Haydn foi o rei absoluto em seu tempo neste genero. Como ele foi o primeiro grande mestre do genero, nao pode ser comparado a ninguem. Sua colecao eh uma das mais valiosas do repertorio.
Mozart compos muitas sinfonias de ocasiao. As ultimas tres sinfonias sao obras primas. Compos menos da metade da quantidade das sinfonias de Haydn. Umas outras cinco sinfonias sao interessantes.
Schubert compos menos obras primas ainda no genero. A maioria sao obras de ocasiao, italianizadas. Apenas a 8 inacabada e a 9 merecem destaque.
Beethoven inaugurou o limite de 9 sinfonias apenas. Depois dele, a maioria so escreveria nove e pronto. Sua colecao de sinfonias forma um conjunto universalmente celebrado.
Brahms escreveu apenas quatro sinfonias. Um homem de espirito vienense escrever apenas quatro? Sao belissimas e de alto nivel, mas nao formam um conjunto fora de serie como o de Haydn ou Beethoven
sinfonias: Haydn e Beethoven ganham
Bale
A primeira escola de Viena decepciona no genero bale. Haydn, Mozart e Beethoven foram uma tragedia neste genero. Tambem, o bale so ganhou vulto depois da criacao do bale dramatico pelos russos no seculo XIX. Schubert tambem decepciona. E Brahms, avesso a obras com mais de 1h, nunca escreveria um, assim como nao enfrentou escrever oratorios ou operas.
Bale: nenhum ganha
Quarteto de cordas
Haydn nao pode ser comparado de novo. Foi o primeiro genio do genero.
Mozart compos seguindo o modelo de Haydn e compos algumas obras primas, mas sua colecao nao fecha um ciclo como o de haydn.
Schubert compos bastantes quartetos, Mas um punhado eh obra pirma, seguindo uma forma tradicional.
Brahms compos poucos quartetos, apenas para exibir sua linguagem pessoal neste genero,
Beethoven foi o mestre absoluto nos quartetos de cordas, igualando Haydn, superando-o na fase romantica e superando a si mesmo na ultima fase, criando um mundo atemporal. Seus quartetos so foram igualados no seculo XX por Bela bartok.
Quarteto: Haydn e Bethoven ganham
Outras obras de cámara
Trios, quartetos e quintetos com piano, outros instrumentos, sonatas a due, etc.
Nesse genero todos os cinco mestres sao imbativeis! a musica de camara em geral de Schubert eh magnifica, a de Brahms, um espetaculo, a de Beethoven, fora de serie, a de Haydn e Mozart, nem se fala. Todos aqui empatam..
Outras obras de cámara: todos ganham
Lied
A primeira escola de viena eh uma negacao neste genero. Haydn era pessimo, Mozart pior ainda e Beethoven era mais ou menos,
Fica para Schubert o cargo de primeiro genio do genero Lied.
Brahms soube continuar com dignidade a tradicao de Schubert.
Lied: Schubert e Brahms
Quinteto de cordas
Haydn nao chama a atencao aqui. Nem Beethoven.
Schubert escreveu um Quinteto de quase uma hora em C maior, espetacular, herculeo, obra prima maior.
Mozart escreveu Quintetos para cordas magnificos. E Brahms tambem nao fica embaixo.
Quintetos: Mozart, Schubert e Brahms
Concerto
Haydn foi um mestre neste genero. Mozart nem se fala, ainda superior. Criou obras belissimas para todos os instrumentos imaginaveis.
Beethoven dominou tambem os concertos. Brahms nao fica embaixo, Schubert nao escreveu nenhum.
Concerto: Haydn, Mozart, Beethoven, Brahms empatam
Musica Sacra
Haydn foi o maior escritor de musica sacra do seu tempo. Escreveu obras primas em formato oratorio e missas,
Mozart escreveu oratorios sofriveis e missas mais divertidas que serias, com excecao das incompletas Missa em C menor e Requiem.
Beethoven escreveu mal oratorio e uma missa razoavel, mas a sua Missa Solemnis eh um dos pinaculos da musica sacra universal, junto com a Missa em Si menor de Bach,
Schubert escreveu belas missas. Ta dentro,
Brahms, como nao gosta de musicas acima de uma hora, nunca escreveu missas e nem oratorios, portanto seu unico exemplar notavel eh seu Requiem Alemao.
Musica Sacra: Haydn e Schubert
Obra para piano solo (foco em Sonata para piano e Conjunto de Variacoes para piano)
Todos os cinco sao feras e chamam a atencao.
Sendo que Beethoven forma um conjunto um pouco mais notavel e fora de serie que os outros quatro.
Obra para piano solo: Todos empatam, Beethoven se destaca um pouco mais.
Opera
Haydn e Schubert nunca tiveram operas suas no repertorio internacional.
Brahms, por nao gostar de escrever obras longas, acima de uma hora, nunca escreveu opera. Tambem, viu que ano tinha condicoes de competir com Richard Wagner.
Beethoven escreveu apenas uma opera. Com muita dificuldade. Obra prima, mas apenas uma!
Ficou para Mozart o cargo de maior escritor de operas entre os cinco.
Opera: Mozart
Musica para Coro
Nesse aspecto Haydn nao chama tanta a atencao. Mozart chama mais. Beethoven supera Mozart. Schubert empata. Brahms empata tambem.
Musica para coro: Beethoven, Schubert e Brahms ganham
Resultado:
Haydn ganha em 6 generos
Mozart ganha em 5
Beethoven ganha em 6
Schubert ganha em 6
Brahms ganha em 6
sábado, 11 de maio de 2019
PEQUENO COMENTÁRIO SOBRE O PRIMEIRO MOVIMENTO ALLEGRO DO CONCERTO PARA VIOLINO DE SIBELIUS
Não sou fã de concertos, ainda mais de expressões românticas; mas certos concertos tem a seriedade de uma obra de câmara.
O concerto para violino de Sibelius é um desses. Neorromântico e livre por excelência.
Cheio de inovações inusitadas.
Vamos falar como é um allegro inicial de um concerto tradicional.
Temos uma introdução orquestral e em seguida a entrada do violino solando, que seria a exposição, que envolve geralmente dois temas. Um tema e depois o outro.
Depois temos o desenvolvimento. Nesses compassos os dois temas são entrelaçados e a música progride usando os dois temas se desenvolvendo ao longo dos compassos.
No final vem a reexposição onde os dois temas são repetidos, praticamente mudando muito pouco do que foi apresentado na exposição. E antes da coda (que são os compassos finais do movimento), vem uma cadência (que é um recitativo solo do violino); geralmente esta cadência fica há 3/4 do total de tempo do movimento.
Sibelius nem está ai para as regras! No movimento inicial do concerto para violino de Sibelius ele faz tudo de forma diferente, sempre surpreendente e, diria até, anárquica.
De início, não há uma introdução orquestral; as cordas da orquestra entram sussurando em trêmulo como numa sinfonia de Bruckner e o violino já entra com seu primeiro tema em 2/2 de forma incisiva, exótica, cruel. Sendo que a menos de dois minutos do movimento, de forma inusitada e surpreendente surge...uma cadência do violino...mais ou menos aos 1 min e 50 segundos de começada a música...mas, tão brilhante, quanto inesperada...mas como? ela só existe lá no final, 3/4 depois de começada a peça! Aqui, não. Há uma cadência logo no final da exposição do primeiro tema; atitude absolutamente inusitada e inédita.
Como se não bastasse, depois da estranha cadência, surge, aos 2m30seg, o segundo tema, sendo que não tem solo de violino neste tema. O violino se cála e a orquestra fúnebre e assustadora lança o segundo tema tendo como foco os violoncelos e fagotes (que escolha estranha!) no estranhíssimo ritmo de 6/4, isso mesmo: 6/4, e sem participação do violino. Isso eu nunca vi, pelo amor de Deus, senhores!
Dai vem o terceiro tema...aos 3 min e 40 seg mais ou menos, geralmente não há um terceiro tema...neste o violino se lança em seu mais lindo agudo, de expressão altamente romântica, sem ser piegas. Momento belíssimo do movimento, de claras linhas de pureza romântica.
Depois dessa exposição altamente desenvolvida por si só, surge o verdadeiro desenvolvimento mais ou menos aos 4 min e 50. Mas, desenvolvimento de que? Se nem a orquestra e nem o violino retomam os três temas anteriores? Como assim? Isso mesmo, surge uma espécie de "desenvolvimento" com motivos temáticos novos. Uma nova música surge! O movimento entre os 5 min e os 7 minutos se apresenta como se fosse outra música, sem temas reconhecíveis.
E para piorar, a cadência habitual, que deveria surgir um pouco antes da coda - lá quase no final do movimento, surge, do nada, exatamente no meio do movimento de 15 minutos (mais ou menos na marca dos 7 minutos), de forma longa e elegante. Usando o primeiro tema como embrião melódico. Nunca vi uma cadência tão rica e espetacular quanto essa! Ela vai dos 7 min aos 9 min e 30 seg.
A reexposição, que vem logo depois da longa cadência, aos 9 min e 30 seg, adquire relevo inusitado, porque o violino parece improvisar ao absurdo e os três temas são reapresentados de forma demais variada, além do habitual.
E a coda? Meu Deus! A sensacional e inteligente coda começa aos 14 min e 15 seg e aos 14 min e 50 seg (pasme!) chega a um ponto de polirritmo onde as madeiras aceleram a música, enquanto o violino mantém o seu ritmo anterior, criando um efeito inovador e perturbador.
A escrita do violino recusa qualquer virtuosismo vão e se impôe à custa de uma permanente pesquisa da expressão sóbria e cuidadosamente calculada.O concerto como um todo se apresenta de forma rapsódica e livre! Para não dizer: anárquico!
Denison Souza
quarta-feira, 13 de março de 2019
MINHAS EXPERIÊNCIAS EM FRUIÇÃO ARTÍSTICA
A obra de arte mais antiga que já visitei foi a Venus de Winllendorf (Pré-histórico), no museu de historia natural de Viena, em 2014. Tão antigo - mais de 25 mil anos -, que nem em museu de arte está. Visitei um templo neolítico também (Pré-histórico) em Malta, março de 2016. Essas duas foram minhas únicas experiências com obras pré-históricas.
Tive o primeiro contato com obras egípcias no ano de 2006, no Cairo. Em 2005 eu visitei o Louvre, em Paris, mas só vi a esfinge. Não subimos para as salas egipcias. Em 2013, sim, vi a primeira grande exposição egípcia fora do Egito, no Museu Britânico, em Londres. Depois vi com calma as salas egipcias do Louvre, no mesmo ano, 2013, em Paris. E, no ano seguinte, vi as salas egípcias do Museu de Arte de Viena (2014). Todas magníficas. Faltou visitar as obras de Berlim.
Quanto as obras mesopotâmicas, vi pela primeira vez em Londres, em 2013. Impressionou as esculturas e relevos de caça aos leões. Depois, deslumbrado, visitei as salas mesopotâmicas do Louvre, em Paris, no ano de 2016. Rico em Esculturas e pinturas. Foi uma novidade para mim. Muito superior a exposição de Paris em relação a de Londres.
Tive contato com a cultura clássica pela primeira vez em Roma, em 2005. Destaque para o Circo Maximo, Banhos de Caracala, Teatro de Marcelo, Forum Romano, Forum Imperial, Mercado de Trajano, Panteão Romano, Ilha Tiberina, Castelo S. Angelo, Palatino e o Coliseu. Além de muitas estátuas clássicas do tempo dos imperadores, visitando os museus do Vaticano e o Museu Capitolino. Marcou-me ver a original estatua da Loba (com Romulo e Remo) no Museu Capitolino, em Roma, em 2005.
Visitei a arte grega em vários museus pelo mundo afora, inclusive em São Paulo, mas, o que mais me marcou foi a visita aos Museus do Vaticano (2005 e 2015), Museu Britânico (2013) e Louvre (2005, 2013 e 2016). Destaque para o Laocoonte, a Hermafrodita, as Cariátides, Vitoria de Samotracia, Venus de Milo, esculturas de Fídias e relevos do Partenon. Faltou visitar museu grego em Berlim.
Da arte Medieval, tenho experiência de fruição artística tanto com pinturas e basílicas na Itália; esculturas, castelos e catedrais na Espanha; vitrais em catedrais góticas na Espanha, França e Inglaterra; mosaicos bizantinos em Ravenna, Veneza, Istanbul; catedrais românicas por toda a Europa, templos indianos, sinagogas em istanbul, mesquitas turcas, etc.
Giotto apenas visitei seus afrescos em Assis e seu Campanário no centro de Florença. Faltou visitar seus geniais afrescos em Pádua. Dos artistas antigos, Van der Weyden me tirou lágrimas em Madri (2007), vi pela primeira vez Bosch também no Prado, em Madri, já Van Eyck me emocionou em Londres (2013); aliás, a visita ao National Gallery de Londres me proporcionou entrar em contato direto com inúmeras obras primas de diversos períodos da História.
A arte renascentista conheci onde tinha de ser: em Roma e Florença, sobretudo. As obras arquitetônicas de Brunelleschi, entre outros. A primeira obra que vi foi um afresco numa parede na Santa Maria Novella, pintura de Masaccio, em Florença, em 2007. Vi também a arte de Michelângelo (Roma, Florença, Londres e Paris, faltou apenas visitar a Galeria da Academia e a Galleria degli Uffizi, ambas em Florença), Leonardo Da Vinci (Paris e Londres, faltou apenas visitar Ultima Ceia em Milão) e Rafael (Afrescos do Vaticano, obras em museus de Madri, Viena, Paris e Londres, faltou visitar o Uffizi em Florença). Botticelli não cheguei a ver suas obras primas em Florença (Uffizi), mas vi obras no Vaticano e em Madri.
Quanto aos pintores barrocos, vi pela primera vez ao vivo a obra de Caravaggio em Roma, em 2005. Vi as suas obras primas mais conhecidas em igrejas. E toquei em um de seus quadros no Museu Capitolino tambem em Roma. Vi depois outras obras de Caravaggio espalhados pelo mundo afora: Em Salvador (no MAB), Paris, Londres, Madri, Viena...mas nada comparado com o que vi em Roma. Faltou ver suas obras no Uffizi, em Florença.
Vi obras de outros pintores barrocos pela Europa. Rubens, vi a sala com quadros imensos dele no Louvre, Paris, 2013; mas vi outras obras de Rubens em Madri, Viena, Londres. Rembrandt foi o que menos vi obras, porque as maiores obra primas dele está na Holanda e eu nunca fui a esse país. Em compensação, vi as maiores obras primas de Velazquez no museu do Prado, em Madri, em 2007 e repeti em 2016. Além de ver outras obras de Velazquez em Viena, Paris e Londres. Vermeer, de surpresa, vi sua maior obra prima: O Estudio do Artista, em Viena, em 2014. Foi sorte! Não sabia que estava lá. Não me lembro de ter visto outra obra dele. Dentre os escultores barrocos, visitei o Extase de Santa Teresa, de Gian Lorenzo Bernini, em Roma, em 2007.
Em se tratando de Renascença Veneziana, tão negligenciada nos livros de Historia da Arte, Ticiano é um artista veneziano grandioso. Foi o primeiro artista da Historia a ser reconhecido fora de seu país. Percebi sua obra em Londres (2013), Viena (2014), Madri (2007 e 2016) e no Louvre (2005, 2013 e 2016), onde estão suas mais célebres pinturas. Não notei a presença dele em Veneza tanto quanto fora de lá, artista internacional que é. Em Veneza quem me chamou mais a atenção foi a obra de Giorgione e, sobretudo, Tintoretto.
Conheci algumas obras primas de Giorgione na Galeria da Academia de Veneza, em 2014, e Veronese, Bellini, Francesco Guardi, entre outros pintores venezianos.
Os maneiristas conheci em Toledo e Veneza primeiro. Tintoretto me impressionou nesse estilo extraordinário, ao ver sua gigantesca criação pela primeira vez em Veneza (2007). Devo ter visto obras dele em outras cidades, mas, Tintoretto é pra ser visto em Veneza. As suas maiores obras estão na Galeria da Academia de Veneza (vi em 2014), na Grande Scuola de San Rocco (vi em 2007), no Palacio Ducal e na Igreja de La Salute (ambos em 2016).
El Grecco é outro grande pintor maneirista. Visitei muitas de suas obras em Toledo em 2007. Depois tive a oportunidade de ver El Grecco no Museu do Prado, em Madri, e em outros museus, mas, as obras de Toledo não me sairam da cabeça. E dentre os escultores, fiquei deslumbrado com o Rapto da Sabina de Giambologna, em Florença, em 2007. Essa foi a escultura mais estonteante que vi na vida.
Conheci Goya em Madri no ano de 2007; chamou a atenção os retratos reais e a Naja desnuda e a Naja vestida. O Museu do Prado tem suas maiores obras primas. Em junho de 2016, estando em Madri de novo, resolvi explorar mais e ver suas obras mais sombrias. Vi algumas obras do grande pintor romântico no Louvre também.
Os outros românticos conheci no Louvre, em 2005. A sala dedicada a pintura romântica de Delacroix e Gericault no Louvre é marcante. A Balsa da Medusa, de Gericault, foi o primeiro grande quadro que vi na vida. As pinturas neoclássicas mais famosas do mundo também estão nessa sala. Falando em artistas neoclássicos, visitei esculturas do grande italiano Canova em Viena (2014), no museu Correr, em Veneza (março de 2016) e sua obra mais famosa Psiqué, no Louvre, Paris (setembro de 2016).
Dentre os românticos paisagistas, tive um sonho realizado: vi pessoalmente os quadros pastosos de Constable e as maravilhas fluidas de William Turner tanto no National Gallery quanto no Tate Britain, em 2013. E voltei a vê-los juntos no Louvre em 2016, pois visitei a sala espanhola e a sala inglesa contígua.
Os artistas Impressionistas e pós impressionistas conheci primeiramente no Masp, em São Paulo, no começo dos anos 90; me recordo de ter me emocionado com obras de Renoir, Monet, Lautrec, Cezanne, enfim, os impressionistas e pós impressionistas e cheguei a ver algumas obras impressionistas no Museu Thyssen-Bornemisza, em Madri, em 2007. Mas minha grande exploração nesse movimento e período se deu quando visitei o Museu D'Orsay, em Paris, 2016. Ali, sim, entrei em contato com a origem do movimento, visitando obras realistas de Coubert, Millet, entre outros; lá vi obras dos grandes mestres impressionistas, inclusive esculturas belíssimas de Degas (até mesmo a sua famosa Bailarina, que fica em Nova York, mas que estava no D'Orsay, quando eu visitei em 2016) e Gauguin, Cezanne, Van Gogh, Seurat, Signac (este é impressionante demais!), além de esculturas do grande escultor impressionista Rodin; que vi pela primeira vez em Salvador, alguns anos antes.
Dos artistas modernos (século XX) tive experiências magníficas com exposições de Salvador Dalí em Barcelona, Madri, Paris, Salvador (Brasil), etc. Picasso vi no Museu Thyssen-Bornemisza, em Madri, em 2007, mas foi no Regia Sofia que me impactei com suas obras surrealistas, incluindo a célebre Guernica, em 2016. Vi grandes artistas renomados do século XX no Museu Thyssen-Bornemisza e Reina Sofia, em Madri e no National Gallery, em Londres, e me marcou muito ver pessoalmente a força e o poder de um quadro ao vivo pintado por Pollock, no Museu Thyssen-Bornemisza. Não visitei muitos museus de arte do século XX, portanto minhas experiências se resumem a ver quadros cubistas e surrealistas no National Gallery, em Londres e no Reina Sofia e Thyssen, em Madri. E alguma coisa que visitei em Barcelona. Aliás, a arquitetura de Antoni Gaudi foi uma das coisas que mais me marcou em Barcelona.
Ao visitar Buenos Aires a primeira vez, em 2011, visitei o Museu de Belas Artes, mas, infelizmente as salas dedicadas a pintura européia estavam fechadas, mas, tive a sorte de ver, no Malba, o Abaporu, de Tarsila do Amaral, que estava emprestado ao Brasil poucos dias antes e foi válido ver também obras dos mexicanos, como Diego Rivera e Frida Kahlo, além de artistas brasileiros, argentinos, uruguaios e outros da America Latina, enfim...
Basicamente, este é um resumo de tudo que vi em Arte.
terça-feira, 12 de março de 2019
MINHA CAÇA AOS MESTRES DA PINTURA E ESCULTURA
Na minha caça aos mestres da Pintura e Escultura cheguei a uma conclusão de que só há poucos mestres da pintura e escultura disponível em livros dedicados somente a um artista em particular.
Por exemplo, Tintoretto, artista veneziano que nunca teve destaque nem em livros de historia da arte em geral, cuja obra magnífica tive a sorte de conhecer em Veneza em 2005, 2007, 2014, 2015 e 2016, quando consegui um endereço fixo no centro histórico da cidade. Só conseguimos livros que trate dele especificamente em lingua estrangeira: Italiano, sobretudo. Inglês, alemão e francês, claro, pois são povos pesquisadores, interessados em arte. E com muita dificuldade, em espanhol. Nenhum livro em portugues.
São poucos os artistas que estão presentes em coleções individuais de grandes mestres da pintura e escultura. As editoras são unânimes em incluir apenas os seguintes mestres:
Da Renascença: Michelangelo, Bottichelli e Leonardo Da Vinci.
O impressionismo também é valorizado: Monet, Renoir e Degas.
Entre os pós impressionistas, estão sempre presentes: Paul Cezanne, Van Gogh e Lautrec.
Dos românticos apenas Francisco Goya consta.
Entre os artistas barrocos, Rembrandt.
O único mestre antigo (gótico) que está em todas as publicações, sem exceção, é o genial e original Bosch.
E representando o seculo XX, apenas Salvador Dalí está presente em todas as coleções editoriais sobre mestres da pintura e escultura, por todo o mundo, traduzido em todas as linguas possiveis.
Entre os mestres que estão em coleções individuais que aparecem em quase todas as publicações, que inclui a lingua portuguesa, temos:
Caravaggio e Velazquez, que não aparecem em todas as publicações, mas aparecem na maioria delas. Mais dois mestres barrocos para fazer companhia a Rembrandt.
Os dois maiores mestres do século XX também aparecem em algumas publicações, não em todas. Picasso e Matisse.
Estão nesse grupo mestres como Chagall, Manet, Gauguin, Kandinsky (o unico abstrato realmente bem divulgado), Paul Klee e Klint.
Mestres como Rodin são dificeis de achar em portugues, assim como Ticiano, Rafael (por incrível que pareça), Vermeer, Rubens, Balthus, Pissarro, William Turner, muito dificeis. Se procurar pesquisar livros especializados em artistas mais raros ainda, se prepare para entender linguas como o italiano ou o ingles; são o caso de Bellini, Van Eyck, Canova, Tintoretto, Giorgione, Tintoretto, Veronese, Francesco Guardi, entre outros.
Primeiro que os escultores mais populares sao Michelangelo e Rodin. Todos os outros, como Canova, por exemplo, são pouco conhecidos. Mesmo o lado escultor de Degas e Picasso são pouco explorados nos livros.
Lamentável que, diante de tantos artoistas realmente interessantes, os livros e editoras que publicam coleções individuais de mestres da pintura só focalizam mais a Renascença e o Impressionismo, os pintores italianos (exceto Venezianos), os pintores franceses e alguns espanhóis, além de um ou outro de alguns países europeus, como Klint, por exemplo. Criando publicações parecidas com "cartas marcadas", alienando os leitores.
Não tem jeito, enfim, só se conhece Arte indo a Europa e visitando as obras ao vivo e comprando livros em lingua estrangeira, não tem outro jeito. E é o que tenho feito ao longo dos anos.
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