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CINEMA, MÚSICA, PINTURA

Este Blog é produzido e dirigido por:



Denison Souza, arte-educador, escritor free lancer;

meu trabalho já foi publicado no Jornal do Recôncavo e Correio da Bahia

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Pequenos Comentários sobre a Saga Star Wars



Star Wars IV - Uma Nova Esperança
O Star Wars IV foi o primeiro que assisti no cinema quando foi lançado no Brasil em 1979, com atraso; tinha 11 anos. Não entendi direito a história na época, como a maioria dos adultos também, pois, tudo aquilo era novo ainda. Falava-se em Jedi, em Guerra dos Clones, em Força... tudo era novo! Ninguém sabia ainda do que se tratava. Mas, me senti orgulhoso de visitar em Londres, em 2005, o estúdio onde fora gravado a maior parte de Star Wars IV.
Este filme é importante porque nos apresenta os personagens principais e o antagonismo entre os rebeldes e o Império. Uma das coisas que mais me marcou foi o intenso branco do interior da Estrela da Morte e dos soldados do Império. Entre as criaturas, gosto dos Jawas, vendedores de dróides.
O filme começa à queima roupa, com a Princesa Leia já raptada e precisando de ajuda. Pois bem, o filme é o mais enxuto, simples e completo da saga, tanto é que poderia existir sozinho, sem a existência dos outros episódios. Nele há a apresentação de todos os temas, a apresentação do problema central, o intermediário - rico em aventura e ação - e um fim definido, com a vitória dos rebeldes sobre o Império. É um filme completo em si, enquanto não se sabe o que se vem dali em diante. Apesar do penteado extraordinário de Leia, o figurino ainda é bem cafona. Gosto da idéia de contraste entre os uniformes homônimos do Império em contrapartida com as roupas diferentes e originais dos rebeldes, cada um com seu estilo.
Aqui a influência de Branca de Neve para compor Princesa Leia é marcante e também de Flash Gordon nas partes de aventura espacial. No formato de C-3PO, nós podemos constatar a influência dos contornos do robô do filme Metrópole. E por ai vai...as influências são várias...King Kong, Godzilla, filmes de Samurais, filmes de piratas, Tarzan, etc.
Quanto aos pontos negativos do filme, não gosto do personagem Chewbacca e nem dos monstros exagerados do filme. Acho até ridícula aquela roupa de Chewbacca. T irar da edição final a apresentação dos amigos humanos de Luke foi uma falha, para mim, imperdoável.
O filme se passa mais tempo no espaço. O planeta do episódio é Tatooine, o planeta com dois sóis da família Skywalker, com aquelas dunas de areia e pureza típica de qualquer deserto. Aliás, Tatooine é o planeta mais visitado pela saga e só não aparece no episódio V.
Gosto muito da idéia inocente do típico fazendeiro sonhador (Luke) que vê além dos dois sóis de seu planeta vazio e tedioso e procura grandes aventuras em lugares distantes, se transformando num ambulante das estrelas, literalmente, num Skywalker.
Destino consumado, Luke sai atrás de sua tendência viajante e aventureira; estava no sangue, como saberemos no episódio V. Luke Skywalker é o alter-ego de George Lucas. Ele - como típico geek - inteligente, porém, tímido, sem charme e desajeitado, se realizava como herói na pele de Luke. Não é à toa que o nome do herói nasceu do nome do próprio autor (Luke=Lucas).
Há grandes estrelas tecnológicas neste filme: R2-D2, os caças imperiais TIE, a Millennium Falcon, a Estrela da Morte, o caça TIE de Vader, as naves dos rebeldes, o sabre de luz...aliás, vimos a partir deste episódio, que sempre que há um duelo com sabres, um tem de morrer. Outra coisa, na trilogia clássica, cada filme só tem um duelo de sabre de luz e é sempre próximo do final. 

Introduzido no filme, um forte personagem aqui é Grand Moff Tarkin, o governador das Regiões Remotas do Império Galáctico, e comandante da Estrela da Morte. Tarkin e Darth Vader são incumbidos de perseguir e destruir a Aliança Rebelde. Tarkin ameaça a princesa Leia Organa com a destruição de Alderaan e destrói, como exemplo do que pode acontecer com planetas que apóiem os rebeldes. Percebe-se aqui neste filme um Darth Vader submisso ao General Tarkin, como um cachorro de caça. 

Tarkin permite que os rebeldes escapem com Leia após colocar um rastreador na Millennium Falcon para descobrir onde os rebeldes estão escondidos. Ao tomar conhecimento do local na lua Yavin 4, ele ordena sua destruição pela Estrela da Morte.

Durante a ofensiva rebelde da Batalha de Yavin, Tarkin recusa-se a acreditar que a Estrela da Morte está em perigo pelo ataque dos caças, e não ordena a evacuação da tripulação. Ele é morto quando a primeira Estrela da Morte é destruída. 




Editar

No final do Episódio III: A Vingança dos Sith, um Tarkin mais jovem aparece supervisionando a construção da primeira Estrela da Morte, ao lado de Darth Vader e do Imperador Palpatine.

A batalha de Yavin, cujo objetivo é destruir a Estrela da Morte, é uma das mais marcantes e emocionantes de toda a saga. A peculiaridade de seus ângulos de filmagem, a velocidade da ação e os mergulhos inesperados dos caças nos surpreendeu na época.

Star Wars V – O Império Contra-Ataca
Neste episódio o astro tecnológico principal e mais marcante são os Walkers imperiais da Batalha de Hoth. A segunda base secreta dos rebeldes rende paisagens e cenários de neve impressionantes logo no início do filme.
Star Wars V é importante porque as batalhas estão mais bem produzidas, o imperador aparece em holografia pela primeira vez, Han Solo é congelado, aparecem personagens interessantes como Boba Fett e o General Veers, naves mais incrementadas, Yoda nos é apresentado e Luke fica sabendo que é filho de Darth Vader.
O treinamento de Luke em Dagobah tendo Yoda como mestre ocupa quase toda a parte central do filme e acho, francamente, que poderia ter sido encurtado. Poderiam dizer que Luke passou alguns anos em Dagobah com Yoda e pronto. Mas, foi aquela perda de tempo... ainda assim o filme consegue superar o anterior.
A perseguição pela frota imperial passando pelo campo de asteróides é uma das imagens mais lendárias de Star Wars. A complexidade destas imagens para a época não tem precedentes.
Mas, o prato principal deste jantar delicioso é o Planeta das Nuvens, que rende cenários urbanos impressionantes. Os ambientes internos – com influência da arquitetura alemã - também são de cair o queixo. Dramáticos momentos se passam neste planeta. Vemos aqui Boba Fett em plena ação, com tomadas que valorizam o personagem. Aqui ocorre a luta de sabre entre Darth Vader e Luke, a declaração da paternidade, o quase suicídio de Luke. Os cenários e ambientes desta luta – ao contrário da breve e parada luta entre Vader e Obi-Wan – variam bastante e nos impressiona pela grande escala. Tudo é amplo e assustador. Ocorre a primeira mutilação de braço da saga. Um final belíssimo, com declaração bombástica, que prepara a platéia para o próximo episódio. Uma obra magistral.

Star Wars VI – O Retorno de Jedi
Aqui coisas importantes e definitivas acontecem. Han Solo é descongelado e volta à ativa, Yoda descansa em paz, finalmente, depois de centenas de anos; Luke confirma com Yoda que é, de fato, filho de Darth Vader. Mas, também Yoda revela que há outro Skywalker, sua irmã Leia. Leia fica sabendo e Han Solo também. Ocorre também a aniquilação do Imperador e de Lorde Vader. Desta forma, trata-se de um episódio importante e definitivo da saga.
O modelito exótico de Leia como escrava de Jabba é o que mais me chamou atenção em termos de figurino. Fantástico! Mostra que ela amadureceu, junto com os fãs da época. Mas, mostra também, em seu design egípcio, uma independência feminina rara em tempos de machismo latente no cinema. A referência egípcia não é à toa; a sociedade egípcia antiga não era machista; as mulheres tinham os mesmo direitos dos homens. O fato de ela mesma ter aniquilado Jabba foi uma idéia interessante e justa. Ela demonstra que não é uma daquelas mocinhas inocentes e bobas que esperam que os mocinhos façam tudo para salvá-la. A mesma corrente que serviu para aprisioná-la foi usada como arma para sufocar Jabba. Tatooine, o planeta mais querido da saga, é mostrado de uma forma diferente: seu lado subterrâneo, marginal, cruel, escuro.
Quanto à lua Endor, com sua selva densa e alta, seus habitantes são talvez os mais fofinhos da saga: os Ewoks. Na época, eu, adolescente, achei meio babaca. Mas, hoje eu dou risada à vontade com as atrapalhações dos Ewoks, confesso. Neste episódio o humor foi bem longe. A perseguição nos speeders em Endor é uma das cenas mais marcantes do episódio.
Quanto à batalha para aniquilar a segunda Estrela da Morte, considero uma das mais ricas de todas, com quantidade imensa de naves e caças no espaço, mas, me chamou atenção a forma primitiva – a base de pau e pedra – que os Ewoks desmontam o alto poder tecnológico da equipe imperial na batalha em terra firme. O filme tem uma dinamicidade fantástica. Duas batalhas – no espaço e terra firme - acontecem aqui, acrescentado do drama entre o imperador, Darth Vader e seu filho, dentro da Estrela da Morte, portanto, três acontecimentos simultâneos.
Os diálogos no Star Wars VI são mais dramáticos e impressionantes do que os do Star Wars IV; faz-nos lembrar o drama do teatro grego antigo. E esses diálogos são inteligentemente cortados com ação em alta adrenalina, com ação e diálogo alternando entre si. Eu não suporto no Star Wars V aquele longo diálogo de quase 20 minutos quando Luke conhece Yoda ou no Star Wars IV quando Luke conhece Obi-Wan. Haja saco! Lembram as explicações enjoadas de Matrix I.
Não gosto de certas escolhas de George Lucas para este filme. Rancor poderia ter corpo de homem gordo como no projeto inicial e não ser um monstro nojento, eu não gosto de robôs como EV-9D9, pertencente à Jabba. Já acho a criação do poço com boca (Sarlacc) interessante. Aquelas cenas de Sarlacc me fez lembrar os filmes de piratas de sessão da tarde. Gosto também do Almirante Ackbar, líder dos rebeldes, com cabeça de peixe. Acho divertido.
Sempre considerei o episódio VI da saga, em certa medida, uma repetição do IV, uma vez que se repete a célebre cena da cantina de Star Wars IV com as criaturas esquisitas retratada na festa do palácio de Jabba e também as repetições do resgate da princesa Leia, da destruição da Estrela da Morte e da comemoração final. Muito similares os episódios entre si.
Mas, Star Wars VI é riquíssimo, tem humor, romance e muita ação, nesse aspecto nos lembra o Star Wars II. Tem os Walkers AT-ST, que parecem galinhas mecânicas, muitas naves, inclusive as em formato em Y do Império, tem o trono do Imperador, tem o almirante Ackbar, tem Darth Vader sem máscara (somente no Star Wars III vemos esta cena e, parcialmente, no Star Wars V), então é muita informação prá um filme só.
O toque final onde Anakin Skywalker jovem – na versão remasterizada - aparece ao lado de Yoda e Obi-Wan é uma bela sacada do mestre Lucas. O ator velho que bancou o Darth Vader nesta cena final na versão original deve ter ficado puto da vida.

Star Wars I – A Ameaça Fantasma
Este episódio mostra Anakin (Darth Vader) criança. Tem o mérito de finalmente revelar Yoda e Jabba – que antes quase não se mexiam direito – em toda sua extensão, de corpo inteiro, cheios de mobilidade. É o primeiro misturando bonecos de ventríloquo com criaturas digitais, cenários de maquete com desenho digital. Ficou interessante! Outro mérito é nos apresentar, com riqueza de detalhes, o planeta Coruscant, com seus arranha-céus.
Um dos focos mais marcantes dessa nova trilogia é o troca-troca fantástico de roupa dos personagens principais. O figurino que mais muda e que é mais fascinante é o da Rainha Amidala.
Neste episódio somos apresentados ao aprendiz de Lorde Sidious, o espetacular Darth Maul, um dos anti-heróis mais amados pelos fãs de Star Wars, no mesmo nível de Boba Fett. Uma pena que este personagem morre no mesmo episódio em que foi apresentado. Assim como Lorde Dookan, ele merecia morrer um episódio à frente, para voltarmos a vê-lo. Assim como Darth Maul, o cavaleiro Jedi Qui-Gon também nos é apresentado e logo morto no mesmo episódio.
Uma das cenas mais marcantes é a corrida de Pods de Tatooine. Imagine em 3D como vai ficar? Aliás, a equipe teve de voltar à Tunísia para filmar o planeta de origem dos Skywalker. A apresentação deste planeta, no episódio I e II, é a mais completa e gratificante de toda a saga. Uma cena marcante – que foi temperada com bastante humor por parte de Lucas – foi a destruição da nave de Guerra da Federação pelo garoto Anakin em piloto automático; outra cena marcante e uma das lutas mais belas de toda a saga é a luta com sabre de luz entre Darth Maul e os dois cavaleiros Jedi.
As grandes novidades tecnológicas são os dróides com escudos circulares, a cidade submersa dos Gungans e a nave estelar da rainha em forma de lágrima, toda cromada, refletindo a luz como um espelho, toda limpa, bem pintada, sem amasso ou sujeira, contrariando o universo Star Wars. Esta nave real e outras naves e speeders faz deste episódio o mais limpo da saga.
Se há três batalhas ou acontecimentos importantes simultâneos no Star Wars VI, aqui há quatro! Batalhas ou lutas importantes acontecendo: a batalha dos Gungans em terra firme, a luta da Rainha e de seu séquito contra a Federação, a luta de sabre de luz entre os dois Jedi e Darth Maul e, finalmente, a batalha espacial para destruir a nave da Federação, cujo objetivo foi atingido pelo garoto Skywalker e o robô R2-D2. Aliás, esta nave, uma das mais marcantes de toda a saga, parece uma rosca com uma pequena mordida e uma bola de tênis no centro. Acho o design fantástico!
Como pontos negativos, tenho muita vergonha de personagens como os Gungans, Sebulba, Jar Jar Binks, Watto, entre outras idiotices de Star Wars que eu faço de conta que não existem.

Star Wars II – Ataque dos Clones
Esse filme é um dos mais complexos da saga. Se for comparar com a história um tanto simples do episódio I ou de Star Wars original (Uma Nova Esperança), este filme talvez seja onde mais coisas acontecem, criando uma rede de complexidades quase inconcebível. Este é o mais shakespeariano dos episódios Star Wars; remete-nos a Romeu e Julieta, Otelo, Macbeth.
Aqui o planeta Coruscant é explorado ainda mais. O figurino da caçadora de recompensas Zam Wesell (aquela moça transmorfa) é uma das criações mais marcantes de Star Wars, onde couro e ferro são misturados de forma harmônica.
Outro fato marcante são os desfiles de moda proporcionados pelos trajes elegantes e ousados de Padmé Amidala. Lembra-me Grace Kelly e seus vestidos nos filmes de Hitchcock.
O planeta Naboo, terra natal de Padmé, é apresentado como um paraíso no Universo. A influência da paisagem e arquitetura é a Itália, para dar um ar romântico. Aliás, este episódio é o mais romântico da saga. Mas, também com ação em terra firme, em Geonosis, muito complexo. É o maior combate Jedi da saga, onde vemos mais sabres de luz sendo usados.
O aprendiz da Ordem Sith chamado Lorde Dookan é apresentado no lugar de Darth Maul, como discípulo de Lorde Sidious. Neste episódio o elemento mais marcante é a presença do exército de clones – para substituir dróides – criado para a República. O que nos leva para o planeta Kamino; muito interessantes são as criaturas deste planeta: criaturas delgadas, altas, pescoços esticados, corpos sem ossos. A perseguição de Jango Fett pelo Jedi Obi-Wan é umas das cenas mais marcantes de Star Wars. Toda a perseguição, a luta, o campo de asteróides, as explosões inusitadas das cargas explosivas sísmicas; aliás, o som destas explosões é uma surpresa neste capítulo.
Tatooine é recriado de uma forma surpreendente, cada vez com mais detalhes, adentrando em casas de fazendeiros e mostrando os acampamentos do povo nômade da areia.
Geonosis mostra os dróides sendo construídos por outros dróides. Cenas de cor quente, com cenas de ação surpreendente em fábricas de robôs e arenas fantasmagóricas. A batalha que é travada aqui entre a Federação e o Exército dos clones é uma das mais complexas da saga. Pela primeira vez a marcha imperial é ouvida na nova trilogia, quando vemos o grande exército dos clones. Esta mesma marcha será usada como leitmotiv de Lorde Vader. Aqui também Anakin começa, aos poucos, a virar homem-máquina, com seu braço – arrancado por Lorde Dookan – sendo substituído por um braço mecânico.
Pontos negativos: O speeder Jedi amarelo que aparece neste filme é um dos mais feios e infantis. Parece brinquedo de parque de diversões, muito limpinho e pintadinho pro meu gosto. O único speeder interessante é o do meio-irmão de Anakin, Owen Lars. Parece muito com aquele speeder do Retorno de Jedi, na lua de Endor.

Star Wars III – A Vingança dos Sith
O nome Sith vem de uma referência egípcia antiga; o deus Seth era, para os egípcios, a divindade do caos, da maldade, da tempestade. Era uma divindade maléfica, da época dos Faraós. O nome Sith em Star Wars serve para nomear uma Ordem do lado sombrio da Força, liderado, naquele momento, pelo Chanceler Palpatine. A referência ao deus egípcio não é citada em nenhum material extra de Star Wars, mas, não é preciso ser historiador especializado para ter ouvido falar do deus Seth na história da antiguidade egípcia. Eu que visitei o Egito em 2006, ouvi a guia espanhola falar mais no deus Seth do que em Tutakamon, por exemplo.
Há de se considerar que, se o ataque do Império com os Walkers em Star Wars V era considerada uma obra-prima para aquele tempo, a abertura de Star Wars III é uma obra-prima para o nosso tempo. O salto do IV pro V é gritante; e o mesmo ocorre entre o II e o III. É a abertura mais complexa e longa de toda a saga. Eu adoro rever tudo aquilo. Quando os dois caças Jedi mergulham logo abaixo de uma nave-mãe, vê-se que a galáxia está em guerra. É a guerra, desta vez, tendo à frente o temível General Grivous, um dos meus personagens prediletos e, acredito, de todos os fãs da saga. Mais máquina do que humano e com seus quatro braços e quatro sabres, Grivous é um bandido marcante na saga. Acredito que, além dele, bandidos que mais me marcaram foram Darth Vaders, Darth Maul e os caçadores de recompensa Zam Wesell, Jango Fett e Boba Fett.
Aqui Palpatine se revela como traidor da República. Percebe-se que R2-D2 pode fazer muito mais coisas do que na trilogia clássica. Plataformas de pouso em Star Wars são personagens e, aqui, a plataforma de pouso de Utapau e o mais belo e original. Aliás, de toda a saga. Não há speeders aqui neste episódio. Mas, um dos personagens que mais gosto é o líder do povo mustafaniano, com seu roupão rubro; adoro aquele ator que recebe Obi-Wan em Utapau, com seus dentes inesquecíveis.
Certamente é o episódio mais obscuro da saga. É o mais cru. O assassinato de Lorde Dookan, onde a cabeça é arrancada por dois sabres, é o mais cruel que já houve em Star Wars. O sonho de Padmé de ter seu filho em Naboo nunca se realiza aqui; aquele paraíso bastante explorado no Star Wars II aqui surge nebuloso para mostrar o enterro de Padmé. O corpo queimado, em carne viva, de Anakin e seus olhos amarelos em ódio fazem o filme beirar o gênero terror. Muitos fãs consideram Star Wars III e V os melhores da saga. São os mais sérios, realmente. E também o Star Wars III e V, coincidentemente, são os mais estrangeiros dos episódios. São os únicos Star Wars que as cenas não se desenrolam nos planetas de origem nem de Padmé e nem de Anakin. Tatooine e Naboo não aparecem como pontos importantes de ação nos dois episódios. Naboo aparece por alguns segundos no enterro de Padmé e Tatooine, no final, na entrega do bebê Luke aos pais adotivos.
Muita coisa acontece aqui de dramático e histórico: a morte de Padmé, a sedução de Anakin pelo Imperador, o nascimento de Luke e Leia, o batismo de Darth Vader.
Uma cena clássica é a da ópera estelar. A cena onde o líder dos bandidos assiste uma ópera do alto do teatro é um estereótipo em filmes de gângsteres. Foi uma boa citação de Lucas neste episódio. A música extremamente futurista e a encenação da ópera ficaram muito boas no filme. Eu adorei. Espetacular!
Star Wars III é recheada de cenas marcantes e emocionantes como a luta entre Anakin e Obi-Wan, que reduz qualquer luta de sabre da trilogia clássica em mero treino em câmera lenta. A luta em meio à lava, em Mustafar, tem uma conotação cataclísmica e dramática, que complementa a cena da ópera anterior. A transformação paulatina da tropa clone em stormtrooper é fantástica. Outra cena emocionante é a execução da Ordem 66, onde todos os Jedi devem ser eliminados, com o adágio orquestral mais belo e tocante da saga, com um coro melancólico e nostálgico, de fundo.
Há os pontos negativos, como sempre: Yoda pulando demais na luta contra Palpatine, mesmo estando velho para isso; inserção de animais ridículos como o lagarto Boga e os chatos wookiees, dentre eles, Chewbacca, que eu acho um porre; interpretações ridículas de Hayden (Anakin), fazendo biquinho o tempo inteiro; a aparência estranha da máscara de Darth Vader – neste episódio – artificialmente simétrica (a da trilogia clássica era mais artesanal e assimétrica), dentre outras coisas que é melhor fazer de conta que não vimos. Afinal, Star Wars é só prá curtir e não prá ficar analisando demais. Vejamos o lado bom da Força.

Denison Rosario.

Star Wars - Nova Trilogia X Trilogia Clássica


















Trilogia Clássica X Trilogia Nova

Há quem só respeite a trilogia clássica, há também quem goste das duas, porém, gostam mais de um episódio que de outro...francamente, eu adoro todos os seis episódios e acho que todos têm seus pontos negativos e positivos. Quem começar a ver a saga pela nova trilogia terá a tendência de preferir essa, e quem começar pela clássica, terá a tendência de preferir a clássica. Tudo depende da idade e da experiência com Star Wars. No tempo da trilogia clássica, os coroas não curtiam aquele tipo de filme, era direcionado para o público infanto-juvenil. Hoje os coroas, como eu, compartilham com as crianças e jovens a nova trilogia. Existem os rancorosos, que não aceitam a nova trilogia. A verdade é que o valor da trilogia clássica reside no fato de ter-se conseguido realizar tais filmes numa época onde seria, teoricamente, impossível. A nova trilogia favorece a amplitude da expressão artística, devido ao avanço da tecnologia usada na produção dos filmes, sendo que os efeitos usados não foram inéditos como foram os de outrora; a grande mágica da trilogia clássica está em toda produção da época que foi envolvida para desenvolver tais efeitos sonoros e visuais. Mas, uma não pode ser comparada à outra. Imagino que um garoto hoje, que conheceu primeiro a trilogia nova, estranhe Star Wars IV, mas, eu, quando assisto, me emociono com as imagens, porque faz parte de minha infância. E a trilogia clássica estava além de seu tempo; a nova trilogia está inserida no seu, mas, não está além.

Aliás, queria deixar registrado aqui que os únicos personagens que estão em todos os episódios da saga são Anakin, Obi-Wan, R2D2 e C-3PO. Mas, considerando que Obi-Wan aparece no V e no VI em forma de espectro, Anakin aparece em idades e aspectos diferentes e C-3PO aparece no primeiro ainda sem o casco dourado, portanto, irreconhecível, então, o robô R2D2 é o único personagem que se apresenta, como tal, em todos os episódios.

Podemos perceber também que a trilogia nova nos presenteou com mais papéis femininos do que a clássica, quase absolutamente masculina; em contrapartida, talvez a trilogia nova ficasse melhor se George Lucas desse para outras pessoas dirigirem, como fez com a trilogia clássica. Só há um duelo de sabres de luz nos clássicos em cada filme, enquanto nos novos os duelos são muitos, mais demorados, movimentos mais rápidos e mais complexos.

Apesar dos fãs buscarem algo de filosófico na saga, acho que o forte aqui não é a filosofia. Há falhas nos roteiros quanto a isso, e também falhas em algumas atuações e na inserção de alguns personagens em todos os episódios, mas, Star Wars são filmes de ação, o que vale aqui são os sabres de luz, os tiros a laser, o figurino, os planetas e luas, as plataformas de pouso, as naves, as máquinas, os dróides, os alienígenas e os mestres e discípulos de ambos os lados da Força; enfim, são filmes de ação, com uma magia especial, por causa do gênero ficção científica, por causa da qualidade dos efeitos especiais que tornam coisas impossíveis acontecerem na tela; são filmes de ação, para relaxar e degustar, apenas.