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CINEMA, MÚSICA, PINTURA

Este Blog é produzido e dirigido por:



Denison Souza, arte-educador, escritor free lancer;

meu trabalho já foi publicado no Jornal do Recôncavo e Correio da Bahia

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Georgia O'Keffe

Georgia O'Keeffe, nascida em Wisconsin,1887 e morta em Santa Fe, Novo México, em 1986, foi uma artista plástica norte-americana. Estudou pintura no Art Institut of Chicago e mais tarde na Universidade de Columbia em Nova Iorque. Enquadrada na pintura modernista, ela tem telas onde pinta os sedutores arranha-céus que nos finais do século XIX encantaram também outras pintoras como Tamara de Lempika. Em 1916 conheceu o fotógrafo Alfred Stieglitz, que se tornou seu marido e logo depois passou a expor em seu atelier em Nova York. As suas telas de paisagens e flores foram muito apreciadas a partir de 1928. As suas flores, em particular, transmitem uma energia sexual feminina fascinante (veja a foto). Georgia é muito justamente considerada uma das pintoras norte-americanas de maior sucesso do século XX.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Para conhecer melhor Debussy

Para conhecer melhor Debussy é preciso entrar em contato com outras obras do mestre francês, além do oferecido pelos discos de compilação. Debussy escreveu 24 preludios para piano solo, coleção obrigatória para conhecer sua linguagem. Para o piano solo ele escreveu tambem: Doze estudos, 4 suites, 2 conjuntos de Images, 2 arabescos. Deve-se procurar este material. Depois dos preludios e estudos, a melhor obra para piano, em larga escala, é Estampes. Outras obras importantes de Debussy: seu balé Jeaux, sua quase sinfonia La Mer, a obra orquestral Preludio para a tarde de um fauno, além de obras magnificas de câmara, como seu quarteto de cordas e seu ciclo de cançôes Fetes Galantes e, sobretudo, sua única ópera Pelleas et Melisande.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Alexander Archipenko, da Ucrânia para a América

Olhando rapidamente as esculturas do artista plástico ucraniano Alexander Archipenko parece arte abstrata. Observando mais de perto, é possível ver o semblante de uma mulher. Uma mulher caminhando, feita com bronze. Alexander Archipenko criou a figura usando aberturas e escavando áreas. A cabeça, por exemplo, é feita pelo espaço criado pelo bronze ao redor dela. Essa é a primeira obra da história da escultura ocidental a introduzir tais conceitos de construção. Representando uma mudança de rumo radical na tradição clássica. O uso que Archipenko faz de buracos e espaços vazios para dar forma aos elementos, criando uma nova forma de ver a forma humana encontra paralelo no método cubista de fragmentar o tema e representar vários pontos de vista do objeto simultaneamente. O artista morou um tempo em Paris e entrou em contato com a escola cubista. Depois fundou uma escola de arte em Berlim e envelheceu em Nova York, onde faleceu.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

100 CDs de música erudita para iniciantes, segundo o Classics Today France

Não concordo com a lista do site Classics Today France dos 100 Cds essenciais para um iniciante da boa música erudita. A lista presente no endereço http://www.classicstodayfrance.com/features/0401-100_cd.asp Comete falhas lamentáveis. 1) Não concordo com algumas peças de determinados compositores, por exemplo, Liszt; eles indicam Concertos para piano (Philips) e a Sinfonia Fausto (Deutsche Grammophon). Eu já acho que, para um iniciante, seria mais econômico e teria uma visão mais ampla da linguagem de Liszt comprar um Cd duplo da Philips que saiu com seus concertos e três poemas sinfônicos (como conhecer Liszt sem ouvir seus poemas sinfônicos?) no primeiro Cd e obras para piano solo no segundo Cd. Outro exemplo bizarro é Mozart...concertos para flauta de Mozart? Esses não estão entre as obras mais importantes do mestre. Eles colocaram estes concertos porque foram compostos para tocar na oportunidade da visita de Mozart a Paris. Amadeus compôs para agradar os franceses, uma vez que a flauta é um instrumento querido pelos franceses. Eu colocaria seus Quintetos (Philips) que são muito superiores. Aliás, faltou o Quinteto para Clarineta de Mozart gravado pela Harmonia Mundi, selo francês; eles perderam uma boa oportunidade. Outra coisa: não tem nenhuma missa de Haydn? Haydn merecia mais espaço. A quarta sinfonia de Bruckner gravada pela Filarmônica de Berlim/Karajan pela EMI não era prá ficar de fora de jeito nenhum. Epa!!! Schumann tem na lista um concerto e uma obra para piano solo. Só isso? Como um iniciante saberá quem é Schumann, mesmo basicamente, sem ouvir canções do mestre das canções? Schubert foi bem representado quanto a isso. Mas, Schumann merecia Dichterliebe cantado por Werner Gura e Jan Schultsz no piano, pela Harmonia Mundi, selo francês. Há outras falhas gritantes: Tchaikovsky sem balé, Mendelssohn sem a sua célebre música para Casamento e sem o concerto para violino...para quê o iniciante precisa conhecer Biber? Conhecer Dowland? Duruflé? Colocaram Fauré e Cezar Franck demais...enfim, lamentável. Eu faria melhor. 2) Não concordo também com certas gravadoras ou intérpretes...por exemplo, Quatro Estações de Vivaldi por Carmignola (Sony)? A melhor gravação das Quatro é da Deutsche Grammophon por Paul Kuentz. Nunca ouvi melhor interpretação. Chopin sem Evgeny Kissin ao piano? Eu prefiro Pollini nas interpretações das sonatas para piano de Beethoven do que o escolhido pelos franceses: Moravec (é prá puxar a sardinha pro lado dos franceses?). Pollini é impecável, assim como Glenn Gould. Por sinal, por que as Variações Goldberg de Bach não poderiam ser as de Glenn Gould? Escolheram Perahia para a missão. Ravel foi discriminado. E é francês... um Cd apenas com suas obras orquestrais. Eu preferiria a Série PANORAMA duplo da DG com obras orquestrais e piano solo de Ravel, para o iniciante, coitado, ter uma noção mais ampla do mestre feiticeiro dos sons. Indicaria a mesma série PANORAMA para Mussorgsky. Enfim, lamentável. Eu faria melhor. 3) Tirando essas coisas que comentei, eles fizeram uma bela lista.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Idéias para o bem viver

Idéias de Nietzsche e outras sabedorias para o bem viver 1. Quem tem uma razão de viver é capaz de suportar qualquer coisa. Em vez de escavar o passado, devemos explorar o que é possível fazer com o que temos aqui e agora. A primeira condição para encontra-se é saber aonde quer chegar. As pessoas insatisfeitas não pensam na vida que gostariam de viver. Quando nossa vida tem sentido, os esforços não são mais cansativos, e sim passos necessários em direção a meta estabelecida. 2. Se não houvesse os momentos de infelicidade, não saberíamos o valor dos momentos felizes. Não há épocas felizes e sim momentos felizes. 3. Nós nos sentimos bem em meio a natureza porque ela não nos julga e a sociedade julga. Por isso, na natureza, relaxamos. 4. Nascemos e morremos várias vezes enquanto vivos. Geralmente é bom perceber qual foi o rito de passagem a cada vida nossa que começa. 5. O estresse não nasce das circunstancias externas, mas da interpretação que fazemos delas. 6. É melhor expressar nossos sentimentos – mesmo sem encontrar as palavras certas – do que ofender com o silêncio. Não dizer coisas a tempo pode gerar interpretações equivocadas que acabam pesando contra nós. 7. Nossa honra não é construída por nossas origens, mas por nosso fim. 8. O homem que quer ser bom o tempo todo é um idiota. A imperfeição é um traço de ser humano. Passamos mais tempo reparando erros do que construindo coisas de valor. Assumir esta característica de nossa condição nos ajuda a ser mais humildes e nos faz perceber o quanto ainda temos de nos aprimorar. 9. Quem constrói o futuro está muito ocupado para julgar o passado. Podemos virar a cabeça para trás ou prestar atenção no que temos a nossa frente. 10. Fomos imaturos até onde nossa ignorância pôde permitir e somos maduros até onde a experiência pode deixar (Adolfo do Rosário). 11. É impossível sermos donos da verdade, mas, perfeitamente possível não sermos escravos de uma mentira (Denison Rosário). 12. Não devemos ter mais inimigos que as pessoas dignas de ódio, mas tampouco devemos ter inimigos dignos de desprezo. É importante nos orgulharmos de nossos inimigos. 13. Falar de si mesmo pode ser uma forma de se ocultar. Seus atos falam por você, reconheça seus pontos fortes. 14. As pessoas nos castigam por nossas virtudes; só perdoam mesmo nossos erros. 15. O individuo é forte quando em união, mas também perde em individualidade. É bom às vezes se afastar. O privilégio de ser você mesmo não tem preço. 16. Toda queixa contém em si uma agressão. Não se queixe. Dialogue. 17. Quem deseja voar, primeiro deve aprender a engatinhar, andar, correr, dançar. Não se aprende a voar voando. Diante de um grande objetivo, é importante graduar os passos, que devem ser conquistados pouco a pouco. 18. Os cínicos costumam se esconder por trás da maldade do mundo para dar asas à própria perversão. A dureza do mundo pode te endurecer, mas isso é apenas uma opção pessoal. Mesmo nas situações mais adversas o ser humano tem o direito de decidir qual será sua postura diante do mundo. É sempre possível escolher a forma de lidar com o sofrimento. 19. A virtude consiste em saber encontrar o meio termo entre dois extremos. 20. A inveja surge da comparação. O sucesso alheio não é algo que nos deprecia, mas pode nos indicar o caminho que devemos percorrer. Quando a inveja vira desafio para nós mesmo, o mérito dos outros se transformam em um convite para nossa superação. A melhor comparação é com nós mesmos. Onde estamos e para onde podemos ir no futuro. 21. Quando sabemos os passos do rancor é possível neutralizá-lo. O primeiro passo é o julgamento. Percebemos algo que não estamos de acordo com a pessoa. O segundo, a acusação. Julgamos com valores absolutos e esquecemos que o mundo tem vários pontos de vistas. E depois vem a vingança. Pode ser sutil, um afastamento ou grave, um assassinato. Durante este processo manifestamos arrogância e superioridade, paralelamente à falta de compreensão e aceitação. Se deixarmos de emitir juízos, iremos nos livrar deste mecanismo alienante. 22. Grandes vínculos se quebraram pela insistência de uma das partes em fiscalizar a outra. No momento em que deixamos de ser companheiros para assumir um papel paternalista, algo se rompe na amizade. A naturalidade dá lugar à dominação e se estabelece um jogo de poder que não ajuda em nada a relação. 23. O cérebro original não é o que enxerga algo novo antes de todo mundo, mas o que olha para coisas velhas e conhecidas, já vistas e revistas por todos, como se fossem novas. 24. Conseguimos resultados muito melhores em elogiar inteligentemente do que em vez de censurar. É mais útil entender porque se comportam de certa maneira. 25. O homem amadurece quando reencontra a seriedade que demonstrava em suas brincadeiras de criança. Os contos de fada são escritos para que as crianças durmam e os adultos despertem. A criança encara sua brincadeira como coisa séria e os cientistas, artistas e intelectuais também tem a mesma atitude. Por isso devemos manter um pé no mundo da fantasia. 26. As coincidências têm mais a ver com afinidades do que com uma obscura lógica da sorte. 27. Seus maiores bens são seus sonhos. É preciso deixar o arquiteto interior ativo para criar os sonhos, mas também deixar a iniciativa do pedreiro interior executar. 28. O que você dá, dá. O que você não dá, perde. A maior avareza não é material, às vezes, é a do coração. Não dar amor. 29. A gratidão é uma grande condição para apreciarmos a beleza do mundo. Use os olhos como se fosse ficar cego amanhã, escute como se fosse ficar surdo prá semana. Se praticarmos a gratidão, tingiremos nossa lente emocional de boas sensações nos momentos de diversidades. 30. Nossa vida nos parece mais bonita quando deixamos de compará-la com as dos outros.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Os lugares mais interessantes para pessoas ligadas à cultura, literatura, música e artes plásticas


Em primeiríssimo lugar, a Itália.

E por quê?

Porque lá estão Roma, Florença e Veneza. É preciso que se saiba que, para a alta sociedade européia (sobretudo inglesa e francesa), a educação de um nobre jovem ou de um artista de talento deveria, obrigatoriamente, incluir uma temporada nestas três cidades. Mas por quê? O que elas têm demais?

Roma:

Primeiro, Roma sempre foi a capital da ópera;
Segundo, Roma é o maior arquivo vivo a céu aberto da arte clássica, pois foi capital do Antigo Império Romano. Será sempre referência, quando se trata do estilo clássico;
Outro motivo...Roma é uma das capitais cinematográficas mais respeitadas do mundo;
Roma é o berço da arte barroca, portanto os maiores exemplos do gênero estão em Roma;
Roma abriga o Vaticano. Os papas foram os maiores mecenas artísticos por muitos séculos;
Roma tem o maior acervo renascentista de todo o mundo, depois de Florença.

E por que Florença é um dos lugares mais interessantes para pessoas ligadas à cultura, literatura, música e artes plásticas visitar?

Simplesmente porque Florença foi o berço do Renascimento nas artes e do Humanismo.

E por que Veneza?

Primeiro, porque Veneza criou a Bienal Internacional de Arte. Todo mundo imitou;
Segundo, porque a música erudita instrumental nasceu em Veneza;
Outro motivo...Veneza criou o primeiro Festival de Cinema. Todo mundo imitou;
Em Veneza estão os maiores violinistas do mundo;
Veneza é o único sítio italiano onde o medieval gótico não imita o estilo francês, portanto a arquitetura gótica está representada de forma original, ou seja, da forma veneziana;
A luz de Veneza é diferente de qualquer outro lugar e isso sempre atraiu inúmeros pintores;
Depois...em Veneza nasceram os maiores artistas maneiristas italianos.

Em segundo lugar, Paris.

E por que Paris?

Porque em Paris – na escola de Notre Dame - nasceu o contraponto musical;
Porque Paris é a cidade mais visitada do mundo. Todo mundo quer ver Paris;
Outro motivo...Paris sempre foi a capital da literatura. Todo grande escritor quer escrever em Paris;
Porque, no século XIX e primeira metade do séc XX, Paris tomou a coroa da Itália e se tornou o centro cultural da Europa, onde todas as escolas artísticas importantes nasciam;
Porque Paris é um centro cinematográfico mundial respeitado, foi o berço do cinema;
Outra...Paris foi centro de importantes discussões entre intelectuais de ponta;
Por que Paris? Porque Paris foi berço da arte gótica, durante a Idade Média;
Porque em Paris está o Louvre, o maior e mais completo museu do mundo.
Porque em Paris nasceu a fotografia. Inclusive, a fotografia como arte;
Porque Paris é respeitada como centro musical importante, onde o balé, a música de cabaré, os poemas sinfônicos e os recitais de piano mais importantes foram apresentados primeiro.

Em terceiro, Londres.

Por quê?

Porque em Londres, apesar de seus artistas não serem tão criativos quanto os italianos e franceses, nasceu o espírito investigativo, as expedições em busca de obras-primas, etc. O resultado disso é que Londres abriga importantes museus indispensáveis para maior compreensão da História da Arte, como o National Gallery, o Museu Britânico e o Tate Gallery, por exemplo.
Porque em Londres a música coral atingiu o seu ápice;
Porque Londres é uma grande capital da música. Suas orquestras são respeitadas no mundo inteiro e seus musicais só perdem para os da Broadway;
Porque Londres foi berço de uma revolução social que a colocou em lugar destacado no gênero da música pop de alto nível, gerando bandas como The Beatles ou Rolling Stones;
Porque Londres sempre foi rica, poderosa, investigativa e educada, logo atraiu artistas de alto gabarito, como Haendel, Tintoretto, Haydn, etc.

Em quarto lugar, Nova York.

Por que Nova York?

Porque Nova York se tornou o centro do mundo depois da segunda guerra mundial, mas já possuía prestígio desde o século XIX. Ser o centro cultural internacional atraiu todos os grandes artistas e intelectuais do mundo para a sua ilha;
Porque Nova York abriga a Broadway, líder absoluto em musicais;
Também em Nova York, depois de Pollock e da Pop Art, as escolas mais importantes surgiram lá e não mais na Europa apenas;
Por que Nova York possui museus, como o Metropolitan e o Moma, importantes para a compreensão da História da Arte;
Porque a maioria dos filmes do mercado mundial é filmada em Nova York;
Porque em Nova York se encontra de tudo em literatura, cultura e arte;

Quais outros lugares são interessantes, além destes antes citados?

Viena (Áustria), por ter sido centro mundial da música erudita por todo o século XVIII, XIX e primeira metade do séc XX, gerando a célebre Escola Clássica e a segunda escola de Viena, chamada de Dodecafônica, atraindo todo e qualquer compositor de alto nível;
Também porque Viena não se industrializou, portanto manteve-se uma cidade palaciana, manufatureira, pitoresca e voltada para a cultura e as artes;
Também porque os museus de arte de Viena guardam tesouros importantes para a compreensão da História da Arte mundial.

Atenas (Grécia), devido à cultura e arte gregas.

Cairo e Alexandria (Egito), devido à cultura e arte dos antigos egípcios.

Ravena (Itália), porque é o berço da arte cristã primitiva no Ocidente, sendo o maior acervo de mosaicos do mundo e da arte bizantina fora da antiga Constantinopla;
Em Ravena também se tem exemplares magníficos e raros da arte medieval românica presentes na arquitetura religiosa.

Washington DC (USA), porque toda a cidade é um grande exemplo da arquitetura neoclássica e abriga o mais importante museu da América: o National Gallery de Washington, com obras-primas fundamentais para a compreensão da História da Arte. Este museu é um dos mais importantes do mundo, rivalizando até mesmo com os museus da Europa.

Claro que, além destes lugares altamente culturais, pode-se visitar Madrid, por causa do Museu do Prado, Barcelona, por causa das obras de Gaudi, Miró, Dali e Picasso, Berlim, devido aos seus importantes acervos de obras de arte, suas orquestras e sua cultura literária magnífica, Istambul, devido à arte bizantina, São Paulo, por causa do MASP, México, devido às ruínas dos Maias e Astecas, Peru, por causa dos Incas, Los Angeles, por causa de Hollywood, etc, etc, etc...mas, aí fica para depois...

O basico mesmo é Roma, Florença, Veneza, Paris, Londres e Nova York.

Texto criado por Denison Souza

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Pequenos Comentários sobre a Saga Star Wars



Star Wars IV - Uma Nova Esperança
O Star Wars IV foi o primeiro que assisti no cinema quando foi lançado no Brasil em 1979, com atraso; tinha 11 anos. Não entendi direito a história na época, como a maioria dos adultos também, pois, tudo aquilo era novo ainda. Falava-se em Jedi, em Guerra dos Clones, em Força... tudo era novo! Ninguém sabia ainda do que se tratava. Mas, me senti orgulhoso de visitar em Londres, em 2005, o estúdio onde fora gravado a maior parte de Star Wars IV.
Este filme é importante porque nos apresenta os personagens principais e o antagonismo entre os rebeldes e o Império. Uma das coisas que mais me marcou foi o intenso branco do interior da Estrela da Morte e dos soldados do Império. Entre as criaturas, gosto dos Jawas, vendedores de dróides.
O filme começa à queima roupa, com a Princesa Leia já raptada e precisando de ajuda. Pois bem, o filme é o mais enxuto, simples e completo da saga, tanto é que poderia existir sozinho, sem a existência dos outros episódios. Nele há a apresentação de todos os temas, a apresentação do problema central, o intermediário - rico em aventura e ação - e um fim definido, com a vitória dos rebeldes sobre o Império. É um filme completo em si, enquanto não se sabe o que se vem dali em diante. Apesar do penteado extraordinário de Leia, o figurino ainda é bem cafona. Gosto da idéia de contraste entre os uniformes homônimos do Império em contrapartida com as roupas diferentes e originais dos rebeldes, cada um com seu estilo.
Aqui a influência de Branca de Neve para compor Princesa Leia é marcante e também de Flash Gordon nas partes de aventura espacial. No formato de C-3PO, nós podemos constatar a influência dos contornos do robô do filme Metrópole. E por ai vai...as influências são várias...King Kong, Godzilla, filmes de Samurais, filmes de piratas, Tarzan, etc.
Quanto aos pontos negativos do filme, não gosto do personagem Chewbacca e nem dos monstros exagerados do filme. Acho até ridícula aquela roupa de Chewbacca. T irar da edição final a apresentação dos amigos humanos de Luke foi uma falha, para mim, imperdoável.
O filme se passa mais tempo no espaço. O planeta do episódio é Tatooine, o planeta com dois sóis da família Skywalker, com aquelas dunas de areia e pureza típica de qualquer deserto. Aliás, Tatooine é o planeta mais visitado pela saga e só não aparece no episódio V.
Gosto muito da idéia inocente do típico fazendeiro sonhador (Luke) que vê além dos dois sóis de seu planeta vazio e tedioso e procura grandes aventuras em lugares distantes, se transformando num ambulante das estrelas, literalmente, num Skywalker.
Destino consumado, Luke sai atrás de sua tendência viajante e aventureira; estava no sangue, como saberemos no episódio V. Luke Skywalker é o alter-ego de George Lucas. Ele - como típico geek - inteligente, porém, tímido, sem charme e desajeitado, se realizava como herói na pele de Luke. Não é à toa que o nome do herói nasceu do nome do próprio autor (Luke=Lucas).
Há grandes estrelas tecnológicas neste filme: R2-D2, os caças imperiais TIE, a Millennium Falcon, a Estrela da Morte, o caça TIE de Vader, as naves dos rebeldes, o sabre de luz...aliás, vimos a partir deste episódio, que sempre que há um duelo com sabres, um tem de morrer. Outra coisa, na trilogia clássica, cada filme só tem um duelo de sabre de luz e é sempre próximo do final. 

Introduzido no filme, um forte personagem aqui é Grand Moff Tarkin, o governador das Regiões Remotas do Império Galáctico, e comandante da Estrela da Morte. Tarkin e Darth Vader são incumbidos de perseguir e destruir a Aliança Rebelde. Tarkin ameaça a princesa Leia Organa com a destruição de Alderaan e destrói, como exemplo do que pode acontecer com planetas que apóiem os rebeldes. Percebe-se aqui neste filme um Darth Vader submisso ao General Tarkin, como um cachorro de caça. 

Tarkin permite que os rebeldes escapem com Leia após colocar um rastreador na Millennium Falcon para descobrir onde os rebeldes estão escondidos. Ao tomar conhecimento do local na lua Yavin 4, ele ordena sua destruição pela Estrela da Morte.

Durante a ofensiva rebelde da Batalha de Yavin, Tarkin recusa-se a acreditar que a Estrela da Morte está em perigo pelo ataque dos caças, e não ordena a evacuação da tripulação. Ele é morto quando a primeira Estrela da Morte é destruída. 




Editar

No final do Episódio III: A Vingança dos Sith, um Tarkin mais jovem aparece supervisionando a construção da primeira Estrela da Morte, ao lado de Darth Vader e do Imperador Palpatine.

A batalha de Yavin, cujo objetivo é destruir a Estrela da Morte, é uma das mais marcantes e emocionantes de toda a saga. A peculiaridade de seus ângulos de filmagem, a velocidade da ação e os mergulhos inesperados dos caças nos surpreendeu na época.

Star Wars V – O Império Contra-Ataca
Neste episódio o astro tecnológico principal e mais marcante são os Walkers imperiais da Batalha de Hoth. A segunda base secreta dos rebeldes rende paisagens e cenários de neve impressionantes logo no início do filme.
Star Wars V é importante porque as batalhas estão mais bem produzidas, o imperador aparece em holografia pela primeira vez, Han Solo é congelado, aparecem personagens interessantes como Boba Fett e o General Veers, naves mais incrementadas, Yoda nos é apresentado e Luke fica sabendo que é filho de Darth Vader.
O treinamento de Luke em Dagobah tendo Yoda como mestre ocupa quase toda a parte central do filme e acho, francamente, que poderia ter sido encurtado. Poderiam dizer que Luke passou alguns anos em Dagobah com Yoda e pronto. Mas, foi aquela perda de tempo... ainda assim o filme consegue superar o anterior.
A perseguição pela frota imperial passando pelo campo de asteróides é uma das imagens mais lendárias de Star Wars. A complexidade destas imagens para a época não tem precedentes.
Mas, o prato principal deste jantar delicioso é o Planeta das Nuvens, que rende cenários urbanos impressionantes. Os ambientes internos – com influência da arquitetura alemã - também são de cair o queixo. Dramáticos momentos se passam neste planeta. Vemos aqui Boba Fett em plena ação, com tomadas que valorizam o personagem. Aqui ocorre a luta de sabre entre Darth Vader e Luke, a declaração da paternidade, o quase suicídio de Luke. Os cenários e ambientes desta luta – ao contrário da breve e parada luta entre Vader e Obi-Wan – variam bastante e nos impressiona pela grande escala. Tudo é amplo e assustador. Ocorre a primeira mutilação de braço da saga. Um final belíssimo, com declaração bombástica, que prepara a platéia para o próximo episódio. Uma obra magistral.

Star Wars VI – O Retorno de Jedi
Aqui coisas importantes e definitivas acontecem. Han Solo é descongelado e volta à ativa, Yoda descansa em paz, finalmente, depois de centenas de anos; Luke confirma com Yoda que é, de fato, filho de Darth Vader. Mas, também Yoda revela que há outro Skywalker, sua irmã Leia. Leia fica sabendo e Han Solo também. Ocorre também a aniquilação do Imperador e de Lorde Vader. Desta forma, trata-se de um episódio importante e definitivo da saga.
O modelito exótico de Leia como escrava de Jabba é o que mais me chamou atenção em termos de figurino. Fantástico! Mostra que ela amadureceu, junto com os fãs da época. Mas, mostra também, em seu design egípcio, uma independência feminina rara em tempos de machismo latente no cinema. A referência egípcia não é à toa; a sociedade egípcia antiga não era machista; as mulheres tinham os mesmo direitos dos homens. O fato de ela mesma ter aniquilado Jabba foi uma idéia interessante e justa. Ela demonstra que não é uma daquelas mocinhas inocentes e bobas que esperam que os mocinhos façam tudo para salvá-la. A mesma corrente que serviu para aprisioná-la foi usada como arma para sufocar Jabba. Tatooine, o planeta mais querido da saga, é mostrado de uma forma diferente: seu lado subterrâneo, marginal, cruel, escuro.
Quanto à lua Endor, com sua selva densa e alta, seus habitantes são talvez os mais fofinhos da saga: os Ewoks. Na época, eu, adolescente, achei meio babaca. Mas, hoje eu dou risada à vontade com as atrapalhações dos Ewoks, confesso. Neste episódio o humor foi bem longe. A perseguição nos speeders em Endor é uma das cenas mais marcantes do episódio.
Quanto à batalha para aniquilar a segunda Estrela da Morte, considero uma das mais ricas de todas, com quantidade imensa de naves e caças no espaço, mas, me chamou atenção a forma primitiva – a base de pau e pedra – que os Ewoks desmontam o alto poder tecnológico da equipe imperial na batalha em terra firme. O filme tem uma dinamicidade fantástica. Duas batalhas – no espaço e terra firme - acontecem aqui, acrescentado do drama entre o imperador, Darth Vader e seu filho, dentro da Estrela da Morte, portanto, três acontecimentos simultâneos.
Os diálogos no Star Wars VI são mais dramáticos e impressionantes do que os do Star Wars IV; faz-nos lembrar o drama do teatro grego antigo. E esses diálogos são inteligentemente cortados com ação em alta adrenalina, com ação e diálogo alternando entre si. Eu não suporto no Star Wars V aquele longo diálogo de quase 20 minutos quando Luke conhece Yoda ou no Star Wars IV quando Luke conhece Obi-Wan. Haja saco! Lembram as explicações enjoadas de Matrix I.
Não gosto de certas escolhas de George Lucas para este filme. Rancor poderia ter corpo de homem gordo como no projeto inicial e não ser um monstro nojento, eu não gosto de robôs como EV-9D9, pertencente à Jabba. Já acho a criação do poço com boca (Sarlacc) interessante. Aquelas cenas de Sarlacc me fez lembrar os filmes de piratas de sessão da tarde. Gosto também do Almirante Ackbar, líder dos rebeldes, com cabeça de peixe. Acho divertido.
Sempre considerei o episódio VI da saga, em certa medida, uma repetição do IV, uma vez que se repete a célebre cena da cantina de Star Wars IV com as criaturas esquisitas retratada na festa do palácio de Jabba e também as repetições do resgate da princesa Leia, da destruição da Estrela da Morte e da comemoração final. Muito similares os episódios entre si.
Mas, Star Wars VI é riquíssimo, tem humor, romance e muita ação, nesse aspecto nos lembra o Star Wars II. Tem os Walkers AT-ST, que parecem galinhas mecânicas, muitas naves, inclusive as em formato em Y do Império, tem o trono do Imperador, tem o almirante Ackbar, tem Darth Vader sem máscara (somente no Star Wars III vemos esta cena e, parcialmente, no Star Wars V), então é muita informação prá um filme só.
O toque final onde Anakin Skywalker jovem – na versão remasterizada - aparece ao lado de Yoda e Obi-Wan é uma bela sacada do mestre Lucas. O ator velho que bancou o Darth Vader nesta cena final na versão original deve ter ficado puto da vida.

Star Wars I – A Ameaça Fantasma
Este episódio mostra Anakin (Darth Vader) criança. Tem o mérito de finalmente revelar Yoda e Jabba – que antes quase não se mexiam direito – em toda sua extensão, de corpo inteiro, cheios de mobilidade. É o primeiro misturando bonecos de ventríloquo com criaturas digitais, cenários de maquete com desenho digital. Ficou interessante! Outro mérito é nos apresentar, com riqueza de detalhes, o planeta Coruscant, com seus arranha-céus.
Um dos focos mais marcantes dessa nova trilogia é o troca-troca fantástico de roupa dos personagens principais. O figurino que mais muda e que é mais fascinante é o da Rainha Amidala.
Neste episódio somos apresentados ao aprendiz de Lorde Sidious, o espetacular Darth Maul, um dos anti-heróis mais amados pelos fãs de Star Wars, no mesmo nível de Boba Fett. Uma pena que este personagem morre no mesmo episódio em que foi apresentado. Assim como Lorde Dookan, ele merecia morrer um episódio à frente, para voltarmos a vê-lo. Assim como Darth Maul, o cavaleiro Jedi Qui-Gon também nos é apresentado e logo morto no mesmo episódio.
Uma das cenas mais marcantes é a corrida de Pods de Tatooine. Imagine em 3D como vai ficar? Aliás, a equipe teve de voltar à Tunísia para filmar o planeta de origem dos Skywalker. A apresentação deste planeta, no episódio I e II, é a mais completa e gratificante de toda a saga. Uma cena marcante – que foi temperada com bastante humor por parte de Lucas – foi a destruição da nave de Guerra da Federação pelo garoto Anakin em piloto automático; outra cena marcante e uma das lutas mais belas de toda a saga é a luta com sabre de luz entre Darth Maul e os dois cavaleiros Jedi.
As grandes novidades tecnológicas são os dróides com escudos circulares, a cidade submersa dos Gungans e a nave estelar da rainha em forma de lágrima, toda cromada, refletindo a luz como um espelho, toda limpa, bem pintada, sem amasso ou sujeira, contrariando o universo Star Wars. Esta nave real e outras naves e speeders faz deste episódio o mais limpo da saga.
Se há três batalhas ou acontecimentos importantes simultâneos no Star Wars VI, aqui há quatro! Batalhas ou lutas importantes acontecendo: a batalha dos Gungans em terra firme, a luta da Rainha e de seu séquito contra a Federação, a luta de sabre de luz entre os dois Jedi e Darth Maul e, finalmente, a batalha espacial para destruir a nave da Federação, cujo objetivo foi atingido pelo garoto Skywalker e o robô R2-D2. Aliás, esta nave, uma das mais marcantes de toda a saga, parece uma rosca com uma pequena mordida e uma bola de tênis no centro. Acho o design fantástico!
Como pontos negativos, tenho muita vergonha de personagens como os Gungans, Sebulba, Jar Jar Binks, Watto, entre outras idiotices de Star Wars que eu faço de conta que não existem.

Star Wars II – Ataque dos Clones
Esse filme é um dos mais complexos da saga. Se for comparar com a história um tanto simples do episódio I ou de Star Wars original (Uma Nova Esperança), este filme talvez seja onde mais coisas acontecem, criando uma rede de complexidades quase inconcebível. Este é o mais shakespeariano dos episódios Star Wars; remete-nos a Romeu e Julieta, Otelo, Macbeth.
Aqui o planeta Coruscant é explorado ainda mais. O figurino da caçadora de recompensas Zam Wesell (aquela moça transmorfa) é uma das criações mais marcantes de Star Wars, onde couro e ferro são misturados de forma harmônica.
Outro fato marcante são os desfiles de moda proporcionados pelos trajes elegantes e ousados de Padmé Amidala. Lembra-me Grace Kelly e seus vestidos nos filmes de Hitchcock.
O planeta Naboo, terra natal de Padmé, é apresentado como um paraíso no Universo. A influência da paisagem e arquitetura é a Itália, para dar um ar romântico. Aliás, este episódio é o mais romântico da saga. Mas, também com ação em terra firme, em Geonosis, muito complexo. É o maior combate Jedi da saga, onde vemos mais sabres de luz sendo usados.
O aprendiz da Ordem Sith chamado Lorde Dookan é apresentado no lugar de Darth Maul, como discípulo de Lorde Sidious. Neste episódio o elemento mais marcante é a presença do exército de clones – para substituir dróides – criado para a República. O que nos leva para o planeta Kamino; muito interessantes são as criaturas deste planeta: criaturas delgadas, altas, pescoços esticados, corpos sem ossos. A perseguição de Jango Fett pelo Jedi Obi-Wan é umas das cenas mais marcantes de Star Wars. Toda a perseguição, a luta, o campo de asteróides, as explosões inusitadas das cargas explosivas sísmicas; aliás, o som destas explosões é uma surpresa neste capítulo.
Tatooine é recriado de uma forma surpreendente, cada vez com mais detalhes, adentrando em casas de fazendeiros e mostrando os acampamentos do povo nômade da areia.
Geonosis mostra os dróides sendo construídos por outros dróides. Cenas de cor quente, com cenas de ação surpreendente em fábricas de robôs e arenas fantasmagóricas. A batalha que é travada aqui entre a Federação e o Exército dos clones é uma das mais complexas da saga. Pela primeira vez a marcha imperial é ouvida na nova trilogia, quando vemos o grande exército dos clones. Esta mesma marcha será usada como leitmotiv de Lorde Vader. Aqui também Anakin começa, aos poucos, a virar homem-máquina, com seu braço – arrancado por Lorde Dookan – sendo substituído por um braço mecânico.
Pontos negativos: O speeder Jedi amarelo que aparece neste filme é um dos mais feios e infantis. Parece brinquedo de parque de diversões, muito limpinho e pintadinho pro meu gosto. O único speeder interessante é o do meio-irmão de Anakin, Owen Lars. Parece muito com aquele speeder do Retorno de Jedi, na lua de Endor.

Star Wars III – A Vingança dos Sith
O nome Sith vem de uma referência egípcia antiga; o deus Seth era, para os egípcios, a divindade do caos, da maldade, da tempestade. Era uma divindade maléfica, da época dos Faraós. O nome Sith em Star Wars serve para nomear uma Ordem do lado sombrio da Força, liderado, naquele momento, pelo Chanceler Palpatine. A referência ao deus egípcio não é citada em nenhum material extra de Star Wars, mas, não é preciso ser historiador especializado para ter ouvido falar do deus Seth na história da antiguidade egípcia. Eu que visitei o Egito em 2006, ouvi a guia espanhola falar mais no deus Seth do que em Tutakamon, por exemplo.
Há de se considerar que, se o ataque do Império com os Walkers em Star Wars V era considerada uma obra-prima para aquele tempo, a abertura de Star Wars III é uma obra-prima para o nosso tempo. O salto do IV pro V é gritante; e o mesmo ocorre entre o II e o III. É a abertura mais complexa e longa de toda a saga. Eu adoro rever tudo aquilo. Quando os dois caças Jedi mergulham logo abaixo de uma nave-mãe, vê-se que a galáxia está em guerra. É a guerra, desta vez, tendo à frente o temível General Grivous, um dos meus personagens prediletos e, acredito, de todos os fãs da saga. Mais máquina do que humano e com seus quatro braços e quatro sabres, Grivous é um bandido marcante na saga. Acredito que, além dele, bandidos que mais me marcaram foram Darth Vaders, Darth Maul e os caçadores de recompensa Zam Wesell, Jango Fett e Boba Fett.
Aqui Palpatine se revela como traidor da República. Percebe-se que R2-D2 pode fazer muito mais coisas do que na trilogia clássica. Plataformas de pouso em Star Wars são personagens e, aqui, a plataforma de pouso de Utapau e o mais belo e original. Aliás, de toda a saga. Não há speeders aqui neste episódio. Mas, um dos personagens que mais gosto é o líder do povo mustafaniano, com seu roupão rubro; adoro aquele ator que recebe Obi-Wan em Utapau, com seus dentes inesquecíveis.
Certamente é o episódio mais obscuro da saga. É o mais cru. O assassinato de Lorde Dookan, onde a cabeça é arrancada por dois sabres, é o mais cruel que já houve em Star Wars. O sonho de Padmé de ter seu filho em Naboo nunca se realiza aqui; aquele paraíso bastante explorado no Star Wars II aqui surge nebuloso para mostrar o enterro de Padmé. O corpo queimado, em carne viva, de Anakin e seus olhos amarelos em ódio fazem o filme beirar o gênero terror. Muitos fãs consideram Star Wars III e V os melhores da saga. São os mais sérios, realmente. E também o Star Wars III e V, coincidentemente, são os mais estrangeiros dos episódios. São os únicos Star Wars que as cenas não se desenrolam nos planetas de origem nem de Padmé e nem de Anakin. Tatooine e Naboo não aparecem como pontos importantes de ação nos dois episódios. Naboo aparece por alguns segundos no enterro de Padmé e Tatooine, no final, na entrega do bebê Luke aos pais adotivos.
Muita coisa acontece aqui de dramático e histórico: a morte de Padmé, a sedução de Anakin pelo Imperador, o nascimento de Luke e Leia, o batismo de Darth Vader.
Uma cena clássica é a da ópera estelar. A cena onde o líder dos bandidos assiste uma ópera do alto do teatro é um estereótipo em filmes de gângsteres. Foi uma boa citação de Lucas neste episódio. A música extremamente futurista e a encenação da ópera ficaram muito boas no filme. Eu adorei. Espetacular!
Star Wars III é recheada de cenas marcantes e emocionantes como a luta entre Anakin e Obi-Wan, que reduz qualquer luta de sabre da trilogia clássica em mero treino em câmera lenta. A luta em meio à lava, em Mustafar, tem uma conotação cataclísmica e dramática, que complementa a cena da ópera anterior. A transformação paulatina da tropa clone em stormtrooper é fantástica. Outra cena emocionante é a execução da Ordem 66, onde todos os Jedi devem ser eliminados, com o adágio orquestral mais belo e tocante da saga, com um coro melancólico e nostálgico, de fundo.
Há os pontos negativos, como sempre: Yoda pulando demais na luta contra Palpatine, mesmo estando velho para isso; inserção de animais ridículos como o lagarto Boga e os chatos wookiees, dentre eles, Chewbacca, que eu acho um porre; interpretações ridículas de Hayden (Anakin), fazendo biquinho o tempo inteiro; a aparência estranha da máscara de Darth Vader – neste episódio – artificialmente simétrica (a da trilogia clássica era mais artesanal e assimétrica), dentre outras coisas que é melhor fazer de conta que não vimos. Afinal, Star Wars é só prá curtir e não prá ficar analisando demais. Vejamos o lado bom da Força.

Denison Rosario.

Star Wars - Nova Trilogia X Trilogia Clássica


















Trilogia Clássica X Trilogia Nova

Há quem só respeite a trilogia clássica, há também quem goste das duas, porém, gostam mais de um episódio que de outro...francamente, eu adoro todos os seis episódios e acho que todos têm seus pontos negativos e positivos. Quem começar a ver a saga pela nova trilogia terá a tendência de preferir essa, e quem começar pela clássica, terá a tendência de preferir a clássica. Tudo depende da idade e da experiência com Star Wars. No tempo da trilogia clássica, os coroas não curtiam aquele tipo de filme, era direcionado para o público infanto-juvenil. Hoje os coroas, como eu, compartilham com as crianças e jovens a nova trilogia. Existem os rancorosos, que não aceitam a nova trilogia. A verdade é que o valor da trilogia clássica reside no fato de ter-se conseguido realizar tais filmes numa época onde seria, teoricamente, impossível. A nova trilogia favorece a amplitude da expressão artística, devido ao avanço da tecnologia usada na produção dos filmes, sendo que os efeitos usados não foram inéditos como foram os de outrora; a grande mágica da trilogia clássica está em toda produção da época que foi envolvida para desenvolver tais efeitos sonoros e visuais. Mas, uma não pode ser comparada à outra. Imagino que um garoto hoje, que conheceu primeiro a trilogia nova, estranhe Star Wars IV, mas, eu, quando assisto, me emociono com as imagens, porque faz parte de minha infância. E a trilogia clássica estava além de seu tempo; a nova trilogia está inserida no seu, mas, não está além.

Aliás, queria deixar registrado aqui que os únicos personagens que estão em todos os episódios da saga são Anakin, Obi-Wan, R2D2 e C-3PO. Mas, considerando que Obi-Wan aparece no V e no VI em forma de espectro, Anakin aparece em idades e aspectos diferentes e C-3PO aparece no primeiro ainda sem o casco dourado, portanto, irreconhecível, então, o robô R2D2 é o único personagem que se apresenta, como tal, em todos os episódios.

Podemos perceber também que a trilogia nova nos presenteou com mais papéis femininos do que a clássica, quase absolutamente masculina; em contrapartida, talvez a trilogia nova ficasse melhor se George Lucas desse para outras pessoas dirigirem, como fez com a trilogia clássica. Só há um duelo de sabres de luz nos clássicos em cada filme, enquanto nos novos os duelos são muitos, mais demorados, movimentos mais rápidos e mais complexos.

Apesar dos fãs buscarem algo de filosófico na saga, acho que o forte aqui não é a filosofia. Há falhas nos roteiros quanto a isso, e também falhas em algumas atuações e na inserção de alguns personagens em todos os episódios, mas, Star Wars são filmes de ação, o que vale aqui são os sabres de luz, os tiros a laser, o figurino, os planetas e luas, as plataformas de pouso, as naves, as máquinas, os dróides, os alienígenas e os mestres e discípulos de ambos os lados da Força; enfim, são filmes de ação, com uma magia especial, por causa do gênero ficção científica, por causa da qualidade dos efeitos especiais que tornam coisas impossíveis acontecerem na tela; são filmes de ação, para relaxar e degustar, apenas.