Powered By Blogger

CINEMA, MÚSICA, PINTURA

Este Blog é produzido e dirigido por:



Denison Souza, arte-educador, escritor free lancer;

meu trabalho já foi publicado no Jornal do Recôncavo e Correio da Bahia

quarta-feira, 13 de março de 2019

MINHAS EXPERIÊNCIAS EM FRUIÇÃO ARTÍSTICA

A obra de arte mais antiga que já visitei foi a Venus de Winllendorf (Pré-histórico), no museu de historia natural de Viena, em 2014. Tão antigo - mais de 25 mil anos -, que nem em museu de arte está. Visitei um templo neolítico também (Pré-histórico) em Malta, março de 2016. Essas duas foram minhas únicas experiências com obras pré-históricas.
Tive o primeiro contato com obras egípcias no ano de 2006, no Cairo. Em 2005 eu visitei o Louvre, em Paris, mas só vi a esfinge. Não subimos para as salas egipcias. Em 2013, sim, vi a primeira grande exposição egípcia fora do Egito, no Museu Britânico, em Londres. Depois vi com calma as salas egipcias do Louvre, no mesmo ano, 2013, em Paris. E, no ano seguinte, vi as salas egípcias do Museu de Arte de Viena (2014). Todas magníficas. Faltou visitar as obras de Berlim. Quanto as obras mesopotâmicas, vi pela primeira vez em Londres, em 2013. Impressionou as esculturas e relevos de caça aos leões. Depois, deslumbrado, visitei as salas mesopotâmicas do Louvre, em Paris, no ano de 2016. Rico em Esculturas e pinturas. Foi uma novidade para mim. Muito superior a exposição de Paris em relação a de Londres.
Tive contato com a cultura clássica pela primeira vez em Roma, em 2005. Destaque para o Circo Maximo, Banhos de Caracala, Teatro de Marcelo, Forum Romano, Forum Imperial, Mercado de Trajano, Panteão Romano, Ilha Tiberina, Castelo S. Angelo, Palatino e o Coliseu. Além de muitas estátuas clássicas do tempo dos imperadores, visitando os museus do Vaticano e o Museu Capitolino. Marcou-me ver a original estatua da Loba (com Romulo e Remo) no Museu Capitolino, em Roma, em 2005. Visitei a arte grega em vários museus pelo mundo afora, inclusive em São Paulo, mas, o que mais me marcou foi a visita aos Museus do Vaticano (2005 e 2015), Museu Britânico (2013) e Louvre (2005, 2013 e 2016). Destaque para o Laocoonte, a Hermafrodita, as Cariátides, Vitoria de Samotracia, Venus de Milo, esculturas de Fídias e relevos do Partenon. Faltou visitar museu grego em Berlim.
Da arte Medieval, tenho experiência de fruição artística tanto com pinturas e basílicas na Itália; esculturas, castelos e catedrais na Espanha; vitrais em catedrais góticas na Espanha, França e Inglaterra; mosaicos bizantinos em Ravenna, Veneza, Istanbul; catedrais românicas por toda a Europa, templos indianos, sinagogas em istanbul, mesquitas turcas, etc. Giotto apenas visitei seus afrescos em Assis e seu Campanário no centro de Florença. Faltou visitar seus geniais afrescos em Pádua. Dos artistas antigos, Van der Weyden me tirou lágrimas em Madri (2007), vi pela primeira vez Bosch também no Prado, em Madri, já Van Eyck me emocionou em Londres (2013); aliás, a visita ao National Gallery de Londres me proporcionou entrar em contato direto com inúmeras obras primas de diversos períodos da História.
A arte renascentista conheci onde tinha de ser: em Roma e Florença, sobretudo. As obras arquitetônicas de Brunelleschi, entre outros. A primeira obra que vi foi um afresco numa parede na Santa Maria Novella, pintura de Masaccio, em Florença, em 2007. Vi também a arte de Michelângelo (Roma, Florença, Londres e Paris, faltou apenas visitar a Galeria da Academia e a Galleria degli Uffizi, ambas em Florença), Leonardo Da Vinci (Paris e Londres, faltou apenas visitar Ultima Ceia em Milão) e Rafael (Afrescos do Vaticano, obras em museus de Madri, Viena, Paris e Londres, faltou visitar o Uffizi em Florença). Botticelli não cheguei a ver suas obras primas em Florença (Uffizi), mas vi obras no Vaticano e em Madri.
Quanto aos pintores barrocos, vi pela primera vez ao vivo a obra de Caravaggio em Roma, em 2005. Vi as suas obras primas mais conhecidas em igrejas. E toquei em um de seus quadros no Museu Capitolino tambem em Roma. Vi depois outras obras de Caravaggio espalhados pelo mundo afora: Em Salvador (no MAB), Paris, Londres, Madri, Viena...mas nada comparado com o que vi em Roma. Faltou ver suas obras no Uffizi, em Florença. Vi obras de outros pintores barrocos pela Europa. Rubens, vi a sala com quadros imensos dele no Louvre, Paris, 2013; mas vi outras obras de Rubens em Madri, Viena, Londres. Rembrandt foi o que menos vi obras, porque as maiores obra primas dele está na Holanda e eu nunca fui a esse país. Em compensação, vi as maiores obras primas de Velazquez no museu do Prado, em Madri, em 2007 e repeti em 2016. Além de ver outras obras de Velazquez em Viena, Paris e Londres. Vermeer, de surpresa, vi sua maior obra prima: O Estudio do Artista, em Viena, em 2014. Foi sorte! Não sabia que estava lá. Não me lembro de ter visto outra obra dele. Dentre os escultores barrocos, visitei o Extase de Santa Teresa, de Gian Lorenzo Bernini, em Roma, em 2007. Em se tratando de Renascença Veneziana, tão negligenciada nos livros de Historia da Arte, Ticiano é um artista veneziano grandioso. Foi o primeiro artista da Historia a ser reconhecido fora de seu país. Percebi sua obra em Londres (2013), Viena (2014), Madri (2007 e 2016) e no Louvre (2005, 2013 e 2016), onde estão suas mais célebres pinturas. Não notei a presença dele em Veneza tanto quanto fora de lá, artista internacional que é. Em Veneza quem me chamou mais a atenção foi a obra de Giorgione e, sobretudo, Tintoretto. Conheci algumas obras primas de Giorgione na Galeria da Academia de Veneza, em 2014, e Veronese, Bellini, Francesco Guardi, entre outros pintores venezianos.
Os maneiristas conheci em Toledo e Veneza primeiro. Tintoretto me impressionou nesse estilo extraordinário, ao ver sua gigantesca criação pela primeira vez em Veneza (2007). Devo ter visto obras dele em outras cidades, mas, Tintoretto é pra ser visto em Veneza. As suas maiores obras estão na Galeria da Academia de Veneza (vi em 2014), na Grande Scuola de San Rocco (vi em 2007), no Palacio Ducal e na Igreja de La Salute (ambos em 2016). El Grecco é outro grande pintor maneirista. Visitei muitas de suas obras em Toledo em 2007. Depois tive a oportunidade de ver El Grecco no Museu do Prado, em Madri, e em outros museus, mas, as obras de Toledo não me sairam da cabeça. E dentre os escultores, fiquei deslumbrado com o Rapto da Sabina de Giambologna, em Florença, em 2007. Essa foi a escultura mais estonteante que vi na vida.
Conheci Goya em Madri no ano de 2007; chamou a atenção os retratos reais e a Naja desnuda e a Naja vestida. O Museu do Prado tem suas maiores obras primas. Em junho de 2016, estando em Madri de novo, resolvi explorar mais e ver suas obras mais sombrias. Vi algumas obras do grande pintor romântico no Louvre também. Os outros românticos conheci no Louvre, em 2005. A sala dedicada a pintura romântica de Delacroix e Gericault no Louvre é marcante. A Balsa da Medusa, de Gericault, foi o primeiro grande quadro que vi na vida. As pinturas neoclássicas mais famosas do mundo também estão nessa sala. Falando em artistas neoclássicos, visitei esculturas do grande italiano Canova em Viena (2014), no museu Correr, em Veneza (março de 2016) e sua obra mais famosa Psiqué, no Louvre, Paris (setembro de 2016). Dentre os românticos paisagistas, tive um sonho realizado: vi pessoalmente os quadros pastosos de Constable e as maravilhas fluidas de William Turner tanto no National Gallery quanto no Tate Britain, em 2013. E voltei a vê-los juntos no Louvre em 2016, pois visitei a sala espanhola e a sala inglesa contígua.
Os artistas Impressionistas e pós impressionistas conheci primeiramente no Masp, em São Paulo, no começo dos anos 90; me recordo de ter me emocionado com obras de Renoir, Monet, Lautrec, Cezanne, enfim, os impressionistas e pós impressionistas e cheguei a ver algumas obras impressionistas no Museu Thyssen-Bornemisza, em Madri, em 2007. Mas minha grande exploração nesse movimento e período se deu quando visitei o Museu D'Orsay, em Paris, 2016. Ali, sim, entrei em contato com a origem do movimento, visitando obras realistas de Coubert, Millet, entre outros; lá vi obras dos grandes mestres impressionistas, inclusive esculturas belíssimas de Degas (até mesmo a sua famosa Bailarina, que fica em Nova York, mas que estava no D'Orsay, quando eu visitei em 2016) e Gauguin, Cezanne, Van Gogh, Seurat, Signac (este é impressionante demais!), além de esculturas do grande escultor impressionista Rodin; que vi pela primeira vez em Salvador, alguns anos antes.
Dos artistas modernos (século XX) tive experiências magníficas com exposições de Salvador Dalí em Barcelona, Madri, Paris, Salvador (Brasil), etc. Picasso vi no Museu Thyssen-Bornemisza, em Madri, em 2007, mas foi no Regia Sofia que me impactei com suas obras surrealistas, incluindo a célebre Guernica, em 2016. Vi grandes artistas renomados do século XX no Museu Thyssen-Bornemisza e Reina Sofia, em Madri e no National Gallery, em Londres, e me marcou muito ver pessoalmente a força e o poder de um quadro ao vivo pintado por Pollock, no Museu Thyssen-Bornemisza. Não visitei muitos museus de arte do século XX, portanto minhas experiências se resumem a ver quadros cubistas e surrealistas no National Gallery, em Londres e no Reina Sofia e Thyssen, em Madri. E alguma coisa que visitei em Barcelona. Aliás, a arquitetura de Antoni Gaudi foi uma das coisas que mais me marcou em Barcelona.
Ao visitar Buenos Aires a primeira vez, em 2011, visitei o Museu de Belas Artes, mas, infelizmente as salas dedicadas a pintura européia estavam fechadas, mas, tive a sorte de ver, no Malba, o Abaporu, de Tarsila do Amaral, que estava emprestado ao Brasil poucos dias antes e foi válido ver também obras dos mexicanos, como Diego Rivera e Frida Kahlo, além de artistas brasileiros, argentinos, uruguaios e outros da America Latina, enfim... Basicamente, este é um resumo de tudo que vi em Arte.

terça-feira, 12 de março de 2019

MINHA CAÇA AOS MESTRES DA PINTURA E ESCULTURA

Na minha caça aos mestres da Pintura e Escultura cheguei a uma conclusão de que só há poucos mestres da pintura e escultura disponível em livros dedicados somente a um artista em particular. Por exemplo, Tintoretto, artista veneziano que nunca teve destaque nem em livros de historia da arte em geral, cuja obra magnífica tive a sorte de conhecer em Veneza em 2005, 2007, 2014, 2015 e 2016, quando consegui um endereço fixo no centro histórico da cidade. Só conseguimos livros que trate dele especificamente em lingua estrangeira: Italiano, sobretudo. Inglês, alemão e francês, claro, pois são povos pesquisadores, interessados em arte. E com muita dificuldade, em espanhol. Nenhum livro em portugues. São poucos os artistas que estão presentes em coleções individuais de grandes mestres da pintura e escultura. As editoras são unânimes em incluir apenas os seguintes mestres: Da Renascença: Michelangelo, Bottichelli e Leonardo Da Vinci. O impressionismo também é valorizado: Monet, Renoir e Degas. Entre os pós impressionistas, estão sempre presentes: Paul Cezanne, Van Gogh e Lautrec. Dos românticos apenas Francisco Goya consta. Entre os artistas barrocos, Rembrandt. O único mestre antigo (gótico) que está em todas as publicações, sem exceção, é o genial e original Bosch. E representando o seculo XX, apenas Salvador Dalí está presente em todas as coleções editoriais sobre mestres da pintura e escultura, por todo o mundo, traduzido em todas as linguas possiveis. Entre os mestres que estão em coleções individuais que aparecem em quase todas as publicações, que inclui a lingua portuguesa, temos: Caravaggio e Velazquez, que não aparecem em todas as publicações, mas aparecem na maioria delas. Mais dois mestres barrocos para fazer companhia a Rembrandt. Os dois maiores mestres do século XX também aparecem em algumas publicações, não em todas. Picasso e Matisse. Estão nesse grupo mestres como Chagall, Manet, Gauguin, Kandinsky (o unico abstrato realmente bem divulgado), Paul Klee e Klint. Mestres como Rodin são dificeis de achar em portugues, assim como Ticiano, Rafael (por incrível que pareça), Vermeer, Rubens, Balthus, Pissarro, William Turner, muito dificeis. Se procurar pesquisar livros especializados em artistas mais raros ainda, se prepare para entender linguas como o italiano ou o ingles; são o caso de Bellini, Van Eyck, Canova, Tintoretto, Giorgione, Tintoretto, Veronese, Francesco Guardi, entre outros. Primeiro que os escultores mais populares sao Michelangelo e Rodin. Todos os outros, como Canova, por exemplo, são pouco conhecidos. Mesmo o lado escultor de Degas e Picasso são pouco explorados nos livros. Lamentável que, diante de tantos artoistas realmente interessantes, os livros e editoras que publicam coleções individuais de mestres da pintura só focalizam mais a Renascença e o Impressionismo, os pintores italianos (exceto Venezianos), os pintores franceses e alguns espanhóis, além de um ou outro de alguns países europeus, como Klint, por exemplo. Criando publicações parecidas com "cartas marcadas", alienando os leitores. Não tem jeito, enfim, só se conhece Arte indo a Europa e visitando as obras ao vivo e comprando livros em lingua estrangeira, não tem outro jeito. E é o que tenho feito ao longo dos anos.