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CINEMA, MÚSICA, PINTURA

Este Blog é produzido e dirigido por:



Denison Souza, arte-educador, escritor free lancer;

meu trabalho já foi publicado no Jornal do Recôncavo e Correio da Bahia

sábado, 23 de maio de 2020

Star Wars - A Ascenção Skywalker - RESENHA por Denison Souza

Star Wars - A Ascenção Skywalker - resenha by Denison Souza 2020 Ascensão skywalker Um filme épico, de fato, grandioso! A Família Skywalker teve um final digno e grandioso como era esperado por todos os fãs da saga. O filme, de fato, é lindo e emocionante! E leva à perfeição todos os designs de filmes anteriores. O primeiro minuto do filme nos prende com surpresa. StarFighters aparecem ameaçadores em direção ao cruzado The Incinerator, da Primeira Ordem, e o planeta lendário Mustafar, planeta do Lord Sith Darth Vader, onde Kylo Ren luta com guerreiros nativos afim de conseguir a bússola para saber onde Palpatine está: um dos localizadores Sith. Logo de cara ficamos sabendo que Palpatine está de volta! Esse começo é de uma delicadeza cinematográfica notável! Depois de grande batalha em Mustafar, Kylo Ren vai ate Exegol, em regiões desconhecidas, para aniquilar Palpatine, pois não quer concorrência. Mas Palpatine o convence a ficar com ele, mostrando um poder bélico extraordinario. A maior frota que a galáxia já viu. Contanto que eliminasse os Jedi e eliminasse Rey. Kylo Ren Topa! Não preciso dizer que ter Palpatine como vilão é muito mais gratificante do que o fantoche dele: Snoke! Depois dessa cena, o filme parte para a Millenium Falcon. R2D2 está com Poe e Finn na Falcon. Numa cena de fuga, Poe faz manobras inéditas com a velha nave, entrando na velocidade da luz várias vezes seguidas, manobra que Poe chama de salto múltiplo. Essa manobra é algo novo em Star Wars e deixa as manobras do passado parecerem algo muito mais simples. Logo em seguida vemos Rey treinando com Leia numa floresta sossegada, onde fica a nova base da Resistência: o planeta Ajan Kloss. Esse início do filme é uma entrada monumental de cada personagem principal. E, em todo momento, no filme, Kylo Ren entra em contato com sua diade: Rey. Nesse filme nos é apresentado a novidade de que eles formam uma díade poderosa. A resistência fica sabendo que Palpatine está de volta e escondido. Os três, Poe, Finn e Rey se reencontram e ficam juntos na missão de conseguir o localizador Sith. Aliás, em Rise, a aventura une Rey, Finn e Poe como em nenhum outro filme. O interessante é que, pela primeira vez, vemos um Jedi consultando, nos filmes, escrituras Jedi. Rey pesquisa nas escrituras Rammahgon e Aionomicum, que são livros sagrados que estavam perdidos há anos e foram encontrados por Luke Skywalker em suas expedições pelas ruinas de Ossus. Inclusive com ilustrações do próprio Mestre Luke. Esses elementos novos, reforçam a ligação entre Rey e os Jedi. Rey iria sozinha procurar o localizador Sith, no planeta deserto de Pasaana, mas Poe e Finn não deixam ela ir só. Finn chama Rose também, mas, Rose não pode ir, pois a General Leia deu uma missão local para ela: Estudar os Destroiers antigos para deter a frota, quando houver um ataque. A primeira emoção do filme começa aqui. C3PO vai com eles e se despede do amigo R2D2 dizendo que ele é seu maior amigo. E Rey se despede de Leia como se não fosse retornar. O filme explode em emoção e lágrimas. É uma despedida da saga Skywalker, afinal de contas. A trilha sonora nunca esteve mais espetacular. É o melhor disco da saga. No deserto do planeta Pasaana, O povo Aki-Aki comemoram o Festival dos antepassados e Rey se emociona com as crianças Aki-Aki, sobretudo Gustyin Tatam e Kazza-Ki-Sagree. Essa festa é o momento "Cantina" do filme, que sempre tem em todos os filmes, onde vários figurantes espetaculares são mostrados no mesmo lugar, figuras estranhas e dançarinas. Depois do momento "cantina" ter sido elaborado dentro de um cassino luxuoso, em Canto Bight, no filme Last Jedi, achei que a idéia do festival foi simplesmente genial. O filme não tem espaço para historinhas de amor e amizades profundas. Poe, Finn e Rey permanecem mais juntos no capítulo final desta saga. O romance sobrenatural entre Rey e Kylo Ren é simplesmente espetacular e unico. Nunca visto antes em Star Wars. Neste lugar os heróis descobrem que os stormtrooppers agora podem voar! Lando Calrissian reaparece como amigo e herói para ajudar os novos mocinhos. A presença espirituosa e humorada de Lando é simplesmente fantástica e um eficiente fanservice. Ele está mais espontâneo e alegre que Han Solo nessa nova trilogia. Perceba a beleza do design do capacete de Lando, antes de revelar seu rosto. Incrível! Essa aventura no deserto, inclusive, é a aventura mais longa do filme, mesmo a batalha final é menor, entretanto, o final é mais espetacular, como tinha de ser. Tem algo que me chama muita atenção aqui: Nesse deserto, onde eles encontram a lâmina que decifra o local secreto dos Sith, aparece uma serpente enorme. Ao contrário de outros Jedi que, estando na frente de um monstro não pensavam duas vezes, matavam imediatamente, Rey prova que é maior que todos os Jedi; ela cura a ferida da serpente e conquista o monstro. Isso revela a sua superioridade. Em seguida, descobrindo que só irão conseguir decifrar a lâmina se o droide C3PO puder se tornar um droide Sith por um momento, eles partem atrás de Babu Frik no planeta Kijimi, um planeta cheio de piratas e traficantes de especiarias, que vive em repressão da Primeira Ordem. Eu confesso que quando vi C3PO com os olhos vermelhos e falando com voz malvada, eu pensei: essa figura de ação de C3PO com os olhos vernelhos e falando Sith seria uma raridade que eu deveria ir atrás, quando surgir. Essa figura de ação eu quero! Francamente, George Lucas nunca teria pensado em algo tão espetacular e maravilhoso. Eu amei isso no filme, já que em Rogue One temos um droide do Império reprogramado para ajudar a Aliança Rebelde. Mas um dróide Sith, que sacada genial! George Lucas ajudou em alguns palpites neste filme, mas com certeza não envolveu C3PO. Nesse planeta, Poe reencontra uma amiga do passado: Zorii Bliss! Ela tem um visual meio mandaloriano, mais afilado e simplesmente impressionante! Adorei esse design e figurino, que supera, e muito, os cavaleiros jóqueis dos Fathiers de Canto Bight, em Last Jedi. Não tem nada que eu não goste nesse filme, amei Babu Frik, todas as armas, amei Zorii Bliss e as tecnologias desenvolvidas. Tem uma cena que me chamou a atenção: Rey sobe na nave de Kylon Ren e Kylo desce no planeta onde Rey estava. Eles lutam a distância, ela nos aposentos dele e ele embaixo no planeta dos piratas e traficantes de especiarias. Essa luta foi a mais impressionante e sobrenatural que já houve! Igualando a luta de Luke com Kylo Ren em The Last Jedi. Prova de que os criadores de Star Wars estão a toda prova, superando tudo que já foi feito no passado. Uma cena emocionante é quando Leia reflete sobre as perdas recentes de pessoas queridas, olhando para a medalha de honra de Han Solo, antes de vir a falecer. Em termos de tecnologia, no filme Rise, as novidades são mais que em Force Awaken e Last Jedi; o que mais me chamou a atenção foram as novas naves da resistência: A Wing (essa é nova!), e as X Wings verdes camufladas, de nome T-70 X Wing (a melhor X Wing já criada, belissima, eu queria tanto uma miniatura). Os Speeders dos stormstroopers nunca esteve tão elaborados. O Tie Dagger, que aparece neste filme, é o Tie mais lindo e sintético que já foi criado na saga. Os Skimmers de Pasaana onde os heróis fogem no deserto, as mochilas que fazem os storms voarem, tudo é novidade tecnológica. As Naves Ochi é uma novidade surpreendente. É aquela nave que Rey e Kylo ficam disputando com a Força, onde Rey acha que Chewie estava quando explode! O design dessa nave demonstra que os criadores da Lucasfilm nunca exageram em suas criações, sempre primam pelo equilibrio e minimalismo. No Planeta dos traficantes de especiarias surge uma inovação tecnológica incrível: o Andador UA-TT. Simplesmente esses novos obscurecem os antigos Andadores de outros filmes e até mesmo o que apárece na serie Mandalorian, tão amado pelos fãs da Saga. Tem os Sith Star Destroyers, que explodem planetas, formando uma frota de estrelas da morte. Tem também os speeders para navegar nos oceanos da Lua de Endor, chamados de Sea Skiff, que Rey usa para ir até a ruina da segunda estrela da morte, que são desengonçados e nos faz lembrar dos speeders em frangalhos da última batalha no planeta Crait, de The Last Jedi, planeta onde a neve cobre um sal vermelho, lembra? Em termos de dróides, além do tradicional R2D2 (única testemunha do momento exato da morte de Leia) e C3PO, temos o já conhecido BB8. A novidade em termos de dróide é D-O, um dróide tão simples e minimalista quanto BB8. Só tem dois módulos como BBB8 e é ainda menor que BB8. Nesse filme os simbolos Sith são humilhados e derrubados, pouco a pouco. A reliquia do Lord Sith, sua mascara carbonizada, é jogada no chão, sem respeito, o eterno culto Sith de Palpatine e sua frota são destruidos e ele aniquilado pelos seus próprios raios, Kylo Ren larga a máscara, joga fora seu sabre de luz no oceano e deixa de ser Sith. A Primeira Ordem está repaginada. Kylo Ren ainda está como Lider Supremo, mas General Hux vai perdendo espaço na trilogia, com o aparecimento do General Pryde, que mata Hux! General Pryde é o melhor oficial da Trilogia, no estilo Tarkin, é mais sério e decide rápido, sendo totalmente dedicado à Palpatine, assim como o Grande Tarkin. Coisas marcantes deste último filme da Saga Skywalker: Ver Kylo Ren caminhando com seu séquito atrás, os cavaleiros de Ren, simplesmente é impagável. Kylo Ren reconstroi sua mascara. Passa a caminhar mais com seus cavaleiros. Os cavaleiros de Ren. Rey e Kylo Ren estão mais poderosos do que nunca, superando outros Jedi e Sith da saga. Mas a evolução vai além dos poderes. Seus questionamentos pessoais, suas perspectivas de vida e sua ligação com a Força estão mais sólidas, o roteiro foi escrito com bastante cuidado, fazendo com que o desfecho de ambos os personagens, acabem por criar novas lendas. No filme, temos o grande questionamento sobre quem é Rey, o que ela representa, seria ela uma nova esperança para a galáxia, ou quem sabe uma nova ameaça fantasma? Inclusive amei ter visto Rey de Sith. Ficou linda! Mas também temos o questionamento de Ben Solo. O tempo todo não sabemos se eles vão para um lado ou para o outro. Essa ameaça sobre Rey e Kylo Ren está sempre presente, nesse capitulo, mais ainda em Rey. Ao contrário de Luke, ela se mostra dividida até o último momento. Sempre temos dúvidas se ela vai ceder. No final, uma enchente de fanservice, Leia jovem lutando com Luke (chorei nessa cena), Rey usando a T-65 X wing de Luke (tenho a miniatura), Han Solo retornando para perdoar o filho, fazendo uma piada com o velho: "Eu sei", o retorno de várias vozes de personagens antigos, tudo era pura emoção. Há pouca participação de Leia neste último capítulo, mesmo assim fica claro que o arco de Leia em toda trilogia Disney foi mais digno e honroso que o de Luke; Leia não deixou, nem por um momento, de lutar pela volta da República na Galáxia. Enquanto seu irmão se isolou, abandonando a causa. Antes da batalha final, os nossos heróis, juntos de novo, vão até as luas de Endor, área da galáxia tão conhecida dos antigos fãs, onde houve a célebre batalha de Endor, onde a segunda Estrela da Morte havia sido destruida, Palpatine derrotado e Darth Vader morto, quando a Aliança Rebelde venceu e restaurou a Republica criando a Nova Republica. As ruina da segunda estrela da morte estava lá, no meio do oceano, mais precisamente na Lua Kef Bir, uma lua de oceanos de Endor. As emoções dentro da ruina são indescritiveis para os fãs da saga. Aquele ambiente conhecido, com a música de Darth Vader! Nesta lua oceânica especial surge a personagem que mais amei deste filme: Jannah, uma ex stormtrooper, que fez um par mais equilibrado para Finn do que Rose Tico. Os Orbaks, que são cavalos com chifres de Jannah e seus conterrâneos, são os mais maravilhosos que já foram usados como transporte animal. Simplesmente amei a ideia de fantasiar cavalos de verdade. Ficou emocionante. O oficial da Primeira Ordem, Comandante Trach, quando vê eles usando cavalos (Orbaks) fala impressionado: "Eles não estão usando speeders", o que impede Pryde de pará-los. Simplesmente emocionante! Lindo ver Jannah com aquele cabelo black imenso em cima de seu cavalo. A arma de Jannah é um arco e flecha. Espetacular, não? Isso é Star Wars. No final do filme, a ultima batalha se dá na distante Exegol. Inclusive é a primeira vez que um planeta é mostrado no começo e no final de um filme star wars com cenas importantes. Ai vemos os Sith Troopers vermelhos, simbolos maiores de Rise of Skywalker, com seu design perfeito, sintetizando os designs dos clássicos troopers e dos novos troopers. Sidon Ithano está de volta neste filme. Até os Ewoks. Rey não mata Palpatine. Ela usa os dois sabres de luz de Leia e Luke, formando um escudo em X para fazer retornar os raios do bruxo contra ele mesmo. O beijo entre Rey e Ben Solo sacramenta a união benéfica dos dois. O corpo de Ben Solo desaparece como o corpo de Obi Wan e Luke, revelando que morreu como um Jedi. Na última cena do filme, Rey visita o planeta de Luke e se assume da linhagem Skywalker, num final leve e delicioso! Enfim, todo o figurino leva nota 10, os cenários nota 10, as criaturas e dróids levam 10, os Sets levam 10, os veículos, as naves, os planetas, a história, as piadas, tudo 10. Esperei mais de 40 anos para esse desfecho. Sinto-me realizado! Denison Souza 2020