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CINEMA, MÚSICA, PINTURA

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Denison Souza, arte-educador, escritor free lancer;

meu trabalho já foi publicado no Jornal do Recôncavo e Correio da Bahia

sábado, 30 de novembro de 2019

Resenha Solo Star Wars Story por Denison Souza

Muitos fãs criticaram Solo. Os especialistas criticaram Solo. O episódio I também é um filme considerado fraco, no entanto, temos lá a deliciosa corrida de Pods e o espetacular Darth Maul. Então nenhum filme Star Wars está, de todo, perdido. Pelo menos para um fã incondicional como eu. Quer saber a verdade? Eu gosto de Solo. Não gosto tanto quanto Rogue One, SW episodio III, IV ou o V. Mas, gosto, sim. E sabe por que? Porque é uma história Star Wars. Único filme sem citar os Jedi (mesmo Rogue One cita os Jedi), não aparece um sabre de luz sequer. Não há luta de sabre. No entanto, é Star Wars. Tanto quanto The Mandalorian é Star Wars, mesmo sem Jedi ou luta de sabre. O filme tem o objetivo de contar as origens de Han Solo. Começa no planeta industrial de Corellia. O monstro da vez neste filme é Lady Proxima, uma espécie de Jabba feminino. O personagem Moloch - braço direito de Lady Proxima - tem um visual aracnídeo futurista. O filme pode levar várias críticas, mas ninguém pode criticar a indumentária, sempre arrojada e muito criativa. As fardas, por exemplo, das oficiais de Emigração tem corte perfeito. Assim como a indumentária criativa dos Mimbaneses, o povo guerreiro de Mimban, uma roupa que inclui palha e tecidos variados, nas cenas fortes de guerra. Quanto aos personagens, depois de Han Solo, Qi'Ra e Lando, o sujeito que mais chama a atenção é o Capitão Beckett, antagonista de Solo. Val e Rio, parceiros de Beckett, fazem boas participações também. Neste filme vislumbramos Chewbacca conhecendo Han Solo, de forma nada civilizada. Um dos momentos nevrálgicos de Solo, é o do roubo da carga em Vandor, o planeta gelado. As cenas do assalto ao trem futurista, de nome Conveyex, bem no estilo faroeste, são recheadas de tiros e explosões que nos remetem mais ao estilo wester espaguete de Star Wars que seu aspecto mais Samurai. Vemos personagens como Val, Beckett e Han, tirando sua roupagem militar e entrando numa vibe cowboy, numa transição bem suave e sutil. Assim como Rogue One faz ligação com as trilogias tradicionais, com o roubo dos planos da Estrela da Morte, Solo faz sua ligação com as trilogias novas, através dos dados de Solo, que são usados também como simbolos em Last Jedi. Se em Rogue One tudo acontece por causa dos planos da Estrela da Morte, aqui em Solo tudo acontece apenas por causa de uma substância essencial para viagens na velocidade da luz, chamada Coaxium. Essas cargas roubadas do trem continham cases de Coaxium. Há a gang de Enfys Nest e seus Cloud-Riders (seus cavalos mecânicos), com indumentária que nos remete aos indígenas americanos, tornando o paralelo com os filmes de faroeste mais fiéis ainda. O vilão é Dryden Vos em seu Iate magnífico. Inclusive a oportunidade de apresentar todo tipo de personagens esquisitos é justamente na festa de Dryden Vos. Qi'Ra é a personagem feminina mais gloriosa, de atitudes dúbias e duvidosas; percebe-se, no final, pela sua ligação com Darth Maul, que está mais prá lá que prá cá. No final, nem lá e nem cá tem santo. Todo mundo é pilantra e bandido em Solo. Não se confia em ninguém, como nos filmes Noir. Mesmo sendo um filme considerado fraco, eu gosto de Solo porque ele mostra Han conhecendo Lando Calrissian e vemos ele tomando a Millenium Falcon no final, apostando no jogo de cartas conhecido como Sabacc. Eu sempre imaginei vendo isso! A missão em Kessel, tendo de enfrentar a Gang dos Pyke, também é um momento crucial do filme. Uma cena bastante recheada de animais e droides diferentes. A legendária navegação de Han, citada na clássica e na nova trilogia, usando a Millenium Falcon, no caótico espaço ao redor do planeta Kessel é mostrada neste filme, com toda a emoção possível. Como posso achar este filme de todo ruim? Eu sempre imaginei vendo isso também! Quando se trata de tecnologia, o filme tras um speeder da patrulha imperial em Corellia, de design bem quadrado, bem retrô, lembrando que o ocorrido aconteceu antes de Uma Nova Esperança. Os transportes em Corellia sempre tem este design meio anos 70 e 80. O landspeed M-68 que Han foge com Qi'Ra também tem este desenho retrô maravilhoso. Os diretores tomaram o cuidado de atentar ao fato de o desenho não ser mais avançado que os do filme de 1977. A nave usada pela equipe de Becket, a AT-Hauler, também tem um design quadrado e retrô. Mas o desbunde mesmo tecnológico no filme, mesmo mostrando a Millenium Falcon completa, sem faltar um módulo sequer, é o belissimo e suntuoso Star Yacht, pertencente ao criminoso (o vilão do filme) conhecido como Dryden Vos e suas Sharp Edges para atacar os desafetos. Como sempre tem de ter um droide, o droide da vez em Solo é L3-37, primeiro e único droide feminino da Saga, apaixonada por Lando. O último planeta que aparece no filme é Savareen. Os Savarianos são como o povo indiano, gente simples, pessoas tradicionais e religiosas. É nesse planeta que a gang de Enfys Nest aparece pela segunda e última vez, dessa vez para se juntar aos Savarianos contra Dryden Vos. Depois de toda a aventura, ainda há a luta entre Solo, Qi'Ra e Dryden Vos no suntuoso Iate, onde Qi'Ra surpreende lutando de forma hábil, revelando que não é nada frágil. Na verdade, ela é uma mistura perfeita de Leia e Padmé. Por que? Porque ela é sensual como Padmé e ríspida como Leia. E ainda é guerreira como as duas. E, como se fosse pouco, ainda há um duelo rápido e cru entre Solo e Beckett. Quem disse que o filme é ruim, com tanta coisa legal acontecendo? por Denison Souza 30 novembro 2019

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