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CINEMA, MÚSICA, PINTURA

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Denison Souza, arte-educador, escritor free lancer;

meu trabalho já foi publicado no Jornal do Recôncavo e Correio da Bahia

sábado, 16 de janeiro de 2010

POR QUE A MONALISA É TÃO CONHECIDA?




O quadro de pequenas dimensões de Leonardo Da Vinci intitulado La Gioconda (ou Monalisa) é a imagem mais conhecida da História da Pintura...mas, por que será?

Simples...este quadro sempre esteve no Louvre, em Paris, e era apenas mais um quadro na imensa coleção do museu francês. Isto, até o dia 21 de agosto de 1911. Na ocasião, uma segunda-feira, o museu estava fechado, assim como todos os museus do mundo. A Gioconda foi roubada.




O ladrão foi pego dois anos depois e disse que roubou o quadro por patriotismo. Era italiano, trabalhava no Louvre como pintor de parede e achava que o quadro deveria estar em seu país. A partir deste episódio a vida do quadro mudaria completamente. Não que o quadro não merecesse os olhares apaixonados de críticos e fãs de arte, mas o fato causou grande furor em torno da obra, levando a sociedade a atentar melhor para os diversos detalhes desta criação, percebida, de antemão, pelo simples pintor de parede. O ladrão percebeu que o quadro continha muitos mistérios e detalhes dignos de nota...o olhar, o sorriso, as mãos...aquele quadro, na visão dele, deveria estar em Florença ou Roma...

Mistérios e curiosidades sempre cercaram a tela, explorados de forma inteligente e lucrativa por Dan Brown em O Código Da Vinci. Por exemplo, ninguém sabia quem era aquela pessoa retratada - se dizia até que era um auto-retrato. Hoje, depois de estudos minuciosos, sabemos que se trata de Lisa Gherardini Del Giocondo, esposa de Francesco Del Giocondo. Como o nome dela era Lisa, chamamos o quadro de MonaLisa (diminutivo de Madonna Lisa) ou La Gioconda (sobrenome de Lisa).


A tecnologia tem ajudado a desvendar alguns desentendimentos. Uma equipe munida de scanners e lasers descobriram que por baixo da camada de tinta que vemos hoje, houve várias mudanças e retoques. Em uma delas, descobriu-se que Monalisa usava um coque no cabelo e um véu cobrindo a cabeça. Segundo estudiosos, tal véu era muito usado por mulheres grávidas, na Itália do séc. XVI, indicando que a personagem poderia estar esperando um herdeiro. Isso explicaria seu sorriso nebuloso e e a posição das mãos, como de alguém que protege naturalmente o ventre. Se atentarmos para o rosto de Monalisa e sua expressão ambígua perceberemos um pouco de alegria contida, uma certa expressão de nojo e uma dose de temor.


Os olhos não dispõem de linhas, não contêm contornos definidos, o que os enche de expressividade. Não possuem sobrancelhas e cílios, fato comum nas mulheres da sociedade florentina da época, mas que dá um toque a mais na expressão. . . as mãos, muito bem modeladas, foram pintadas com muita delicadeza e numa pose espetacular. Leonardo trabalhou muito bem o sorriso de Monalisa. Trabalhou com cuidado as texturas dos lábios, delineando com sabedoria e maturidade cada luz e sombra que permeia cada trecho de carne da boca. O resultado é um sorriso que existe e inexiste ao mesmo tempo, dependendo da maneira que a pessoa olha para ela. Dependendo do que a pessoa está pensando da tela no momento. Um efeito realmente estimulante e desafiador.

Leonardo foi conquistado por sua obra, pois não entregou o quadro a Francesco Giocondo, que encomendou o retrato. Ele sempre levou o quadro consigo para onde quer que fosse, até o fim de sua vida.




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